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Quarta-feira, 31 de julho de 2024

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Hora do adeus

Itália faz funerais coletivos para vítimas; papa envia mensagem

A Itália realiza nesta sexta-feira os funerais de Estado pelas 289 vítimas do terremoto que atingiu a região de Abruzzo (centro) na segunda-feira passada (6). A cerimônia começou Áquila, cidade mais devastada pelo terremoto e pelos mais de 500 tremores seguintes, com a leitura de uma mensagem do papa Bento 16 lida pelo seu secretário pessoal, Georg Gaenswein.


O papa, que, na mensagem disse se juntar "ao luto dos que choram" por seus próximos, deve visitar a região após as celebrações da Páscoa neste fim de semana.

Bento 16 rezou pela "cura rápida dos feridos", cerca de 1.500, segundo dados do governo italiano, enquanto as pessoas próximas às vítimas, em prantos, com as mãos sobre a cabeça, escutavam a mensagem lida por Gänswein.

"Eu me sinto espiritualmente próximo de vocês para dividir esta angústia e pedir a Deus pelo descanso eterno" dos desaparecidos, acrescentou o papa.

O número dois do Vaticano, o secretário de Estado, Tarsicio Bertone, que oficia a cerimônia junto ao arcebispo de Abruzzo, Guisseppe Molinari, realizou a homilia diante de milhares de familiares das vítimas e moradores da região, que teve cerca de 10 mil edificações danificadas pelos tremores. 

"Nos inclinamos perante o enigma indecifrável mas é também uma ocasião preciosa para entender qual é o valor e o significado da vida".

Participam do funeral, entre outros, o presidente da República, Giorgio Napolitano, e o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, que pouco antes do ofício religioso conversou com os familiares.

Os caixões estão dispostos em quatro fileiras, numerados e com ramos de flores sobre eles.

A Praça de Armas da Escola da Guarda de Finanças, onde se celebra a cerimônia, está repleta de pessoas, às quais se somaram todos os vizinhos do povoado de Onna, onde morreram 45 dos cerca de 300 moradores e 90% das edificações foram destruídas.

Vítimas

O governo de Abruzzo publicou nesta quinta-feira (9) uma lista com nomes de 281 mortos. O último boletim da polícia, porém, já confirma 287 mortes, sendo 20 de crianças ou adolescentes, de acordo com as agências de notícias Ansa e Associated Press.

Entre 20 e 30 pessoas continuam desaparecidas e, por isso, as equipes de resgate irão trabalhar até domingo (12). O tremor ainda deixou cerca de 1.500 feridos e milhares de desabrigados, que lutam para sobreviver entre os tremores, que continuam ocorrendo.

Desde o grande terremoto, diversos abalos atingiram a mesma região, sendo sentidos até na capital italiana, Roma. O último, de acordo com a agência de notícias Ansa, ocorreu às 21h40 (16h40 em Brasília) e teve o epicentro a 30 km de Áquila. O Instituto Nacional de Geofísica da Itália registrou uma magnitude de 4,9 graus na escala Richter. Conforme a polícia, um prédio que havia sido danificado na segunda-feira desmoronou, no centro de Áquila.
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