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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

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Cooperativismo é uma das saídas para estimular industrialização em MT

Em um comparativo com o estado agrícola americano Iowa, Mato Grosso, tendo o mesmo número de habitantes, permanece com uma economia estagnada. Enquanto Iowa gera um PIB de US$ 130 bilhões, o estado mato-grossense, permanece na faixa dos US$ 20 bilhões. Isto tem ocorrido por falta de incentivo à industrialização dos produtos que aqui são cultivados, uma vez que do Produto Interno Bruto do estado americano apenas 4% diz respeito a produtos primários.


A análise foi feita pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva, durante palestra proferida na tarde desta quarta-feira (29.06) em Seminário da SICOOB/Credilegis, sobre as “Perspectivas Econômicas para Mato Grosso”. Para o parlamentar, é imprescindível investir no processo de industrialização para agregar valor ao que é produzido. E uma forma disso acontecer pode ser por meio do cooperativismo. “Através da associação entre semelhantes, pequenas unidades econômicas se fortalecem e vão ganhando destaque no cenário mato-grossense e com isso gerando emprego e renda. Mato Grosso ainda explora mal a força do cooperativismo”.

Segundo o deputado é por meio do cooperativismo que pequenos produtores rurais podem se reunir e investir em tecnologia de indústria. “A bacia leiteira pode ser muito beneficiada, por exemplo, com cooperativas de laticínios”, disse Riva, que é autor das leis: 7.418, de maio de 2001, que cria o Conselho Estadual de Cooperativismo e 9.129, de maio de 2009, que instituiu a Política Estadual do Cooperativismo em Mato Grosso.

GARGALOS– Em sua análise, José Riva ainda apontou outras barreiras que impendem o crescimento econômico de Mato Grosso. Uma delas é a Lei Kandir, que desonera as exportações de produtos primários e semielaborados, bem como a falta de uma reforma tributária que uniformizasse as alíquotas em todos os estados do país. “Além de juros altos e elevada carga tributária, o estado conta com graves problemas de logísticas por conta de estradas em péssimas condições e falta de estruturas ferroviárias e hidroviárias”.

Segundo Riva, o estado também é alvo de um discurso ambiental “fajuto” e “mentiroso”. “A questão da cana-de-ácuçar, se for avaliada, é que somos o estado com maior potencial para produção do etanol. Mas, a região do Araguaia está cassada para o cultivo da cana. Por isso, a aprovação do novo Código Ambiental trará a garantia para os produtores. Também é uma inverdade dizer que o Zoneamento Socioeconômico Ecológico (ZSEE) reduziu áreas indígenas”.

POTENCIAL - Além da expansão agrícola, o estado mato-grossense tem potencial econômico para extração de minérios como ferro e fosfato e, inclusive, o ouro. “Temos que, principalmente, investir em tecnologia. A indústria do turismo também pode ser explorada e, consequentemente, com o desenvolvimento dessas áreas, o setor de comércio e serviços também aquecem”.

Mesmo contribuindo com 32% do superávit primário brasileiro na Balança Comercial, Mato Grosso é o 21º na transferência de recursos da União e o 19º de transferência corrente do Fundo de Participação dos Estados (FPE). “Somos um estado produtivo e promissor, que vai continuar crescendo mais de 10% ao ano. Mas, tudo isso depende de um Governo com coragem para enfrentar esses gargalos e que tenha iniciativa para buscar tecnologia para o setor produtivo. Hoje, infelizmente o tratamento que recebemos não é o de quem contribui de forma significativa para a economia do país”.

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