Em discurso recente no plenário da Câmara federal, o deputado federal Júlio Campos (DEM/MT) pediu providências do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, e do diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, para que garantam melhor aplicação da Contribuição sobre Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) nas rodovias de Mato Grosso.

“É preciso aplicar melhor o CIDE para que o estado tenha retorno. Mato Grosso produz em média 30 milhões de toneladas de grãos por ano e o trafego dessa produção é feito em sua maioria por estradas que estão em condições precárias há muitos anos”, enfatiza o parlamentar ao recordar que a maioria das estradas foi feita há anos nos governos dos presidentes Emílio Garrastazu Médici e João Figueiredo.

Na oportunidade, o deputado destacou um artigo em que o economista mato-grossense Waldir Serafim analisa a situação precária das malhas pavimentadas a partir de dados de uma pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT).

Segundo a assessoria de imprenda do parlamentar, atualmente Mato Grosso possui a maior malha viária estadual do país. Ao todo são 28 mil quilômetros de estradas estaduais, dos quais apenas cerca de quatro mil estão pavimentadas. O Estado tem sete rodovias federais que juntas totalizam 4,1 mil quilômetros de extensão, sendo que 3,2 mil pavimentados.

Na avaliação do deputado, as BRs 163, 364, 070, 174 e 158 merecem atenção especial do Governo Federal em função de estarem em região estratégica de integração entre as áreas produtoras de grãos e os principais centros consumidores do país.

Ainda segundo Júlio Campos, o estado tem quatro corredores de exportação e escoamento da produção que deveriam estar sendo usados (Noroeste, Sudeste, Centro-Amazônico, Centro-Nordeste). Porém, lembra Júlio, somente o Sudeste e Noroeste possuem trechos totalmente pavimentados e ficam trafegáveis o ano todo.