Os recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não podem ser utilizados de forma desonesta e nem tampouco para financiar empreendimentos temerários, afirmou há pouco o senador Jaime Campos (DEM/MT) ao criticar a iniciativa do governo federal em destinar mais de R$ 4 bilhões para a fusão dos grupos Carrefour (de bandeira francesa) e o Pão de Açúcar (Brasil).

“O BNDES não pode financiar os amigos do rei e os recursos do banco não podem patrocinar o desemprego e ser usado de forma desonesta”, disse Campos ao cobrar “coragem e altruísmo do Senado” no sentido de votar contra a Medida Provisória 526, encaminhada pelo Poder Executivo.

Jaime citou como exemplo de financiamento temerário a fusão dos grupos Bertin e Frigoi (do ramo de frigoríficos), que acabou resultando no JBS Friboi, hoje maior controlador do segmento.

“Agora, esse grupo arrenda frigoríficos em Mato Grosso e no Centro Oeste e mantém as plantas fechadas, sem gerar um emprego sequer. Isso é desonesto, porque é contra o princípio da competitividade e da livre concorrência. Não podemos permitir que isso ocorra novamente”, advertiu Campos.