Um novo método para pescar polvo está sendo testado em fase experimental no município de Santa Cruz de Cabrália, extremo sul baiano.
A viagem começa pela paradisíaca praia de Santo André e depois segue 11 milhas náuticas rumo ao alto mar. Foram quase três horas até encontrar o primeiro espinhel, uma corda com potes de plástico reciclado e em um dos 100 vasos, os pescadores emcontraram um polvo.
O pote escuro atrai o polvo. O local é ideal para ele se alimentar e se desenvolver. Ali ele fica entocado por dias, até acontecer a captura. “Uma vez colocado no mar, o espinhel de pote fica naquela área até a decomposição dos potes. E ela é sustentável porque podemos fazer a seleção dos indivíduos capturados, então se você pega um polvo pequeno, você pode devolve-lo ao mar sem danos”, explica Airton dos Santos, instrutor do instituto ambiental Brasil Sustentável. Os animais muito pequenos que aparecem nos potes, são devolvidos ao mar.
O método é considerado uma boa alternativa para diversificar a pesca de mariscos e moluscos na região. O secretário de pesca do município de Santa Cruz de Cabrália, Cláudio Mendes, conta que os pescadores estão interessados no processo. “Nós estamos percebendo nos pescadores o interesse nessa nova alternativa de pesca, onde o objetivo é tirar a pressão na pesca tradicional em nossa comunidade”, diz.
Na primeira pescaria de fase experimental do projeto, apenas dois polvos foram pescados em três espinhéis.