O deputado federal Júlio Campos (DEM/MT) adota cautela extrema para analisar a situação do diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, que foi afastado do cargo pelo ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, devido a denúncias publicadas na revista Veja a respeito da existência do Mensalão do PR (Partido da República).

Evitando qualquer comentário definitivo a respeito da possibilidade de Mato Grosso perder definitivamente o comando de um dos órgãos executores mais importantes do governo federal, ele disse que qualquer denúncia divulgada nos meios de comunicação social ou por qualquer político ou parlamentar tem que ser investigada.

“Nada melhor do que a decisão tomada pelo senhor ministro, por determinação da presidente da república, Dilma Rousseff, de investigar a veracidade ou não destras denúncias com relação ao Dnit”, afirmou Júlio em entrevista exclusiva ao Olhar Direto.

O parlamentar, que faz oposição aos governos estadual e federal, espera que o Tribunal de Contas da União (TCU) dê uma resposta rápida à sociedade e disse que, se houver necessidade, defenderá a realização de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) por parte do Congresso Nacional.

“Eu espero que num prazo rápido seja dada uma definição e para isso que existe o Tribunal de Contas da União, que é um órgão extremamente preparado e competente pra analisar qualquer informação , bem como, futuramente, se houver necessidade, que seja feita uma investigação por parte do MPF e até do Congresso Nacional”, declarou.

Questionado sobre as declarações do ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, segundo o qual as irregularidades estão no DNA do Dnit, Júlio Campos disse que prefere aguardar uma definição por parte do TCU.

“Se o ministro tem essa conclusão, é uma informação muito ruim, no sentido de uma averiguação. Mas eu prefiro aguardar uma definição do TCU. Não podemos fazer um pré-julgamento. Eu sou que nem São Tomé, sou ver para crer”, concluiu.