A Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado aprovou na tarde de hoje (05.07) o convite para que o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, e o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (Dnit), Luís Antônio Pagot, falem sobre as denúncias de superfaturamento em obras públicas.

O requerimento foi apresentado pelos senadores Pedro Taques (PDT-MT) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), em razão das denúncias publicadas na revista Veja sobre suposto esquema de propina instalado dentro da pasta dos Transportes pelo Partido da República (PR). A presidente Dilma Rousseff (PT) decidiu afastar das funções os envolvidos na denúncia.

O documento apresentado por Taques prevê ainda convite ao chefe de gabinete, Mauro Barbosa da Silva, do assessor de gabinete, Luís Tito Bonvini, e do diretor-presidente da estatal Valec, José Francisco das Neves – todos afastados dos cargos.

Os parlamentares justificam que o documento visa elucidar questões como a “insatisfação presidencial quanto a majoração de valores no preço das obras no Ministério dos Transportes, o que pode indicar descontrole e/ou corrupção”.

De acordo com a denúncia, representantes do PR teriam montado um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por meio de empreiteiras. As empresas seriam obrigadas a passar à legenda de 4% a 5% dos valores firmados em contrato em troca de garantias nas licitações.

Pelo twitter, o senador Pedro Taques antecipou, no domingo, seu posicionamento em relação ao escândalo. “O escândalo da semana, o do DNIT, está a merecer uma rigorosa apuração pelo Senado, pois é ele o encarregado de aprovar o nome do diretor”, escreveu o parlamentar.