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Quinta-feira, 25 de julho de 2024

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‘Mercado de alto luxo é particular no Brasil’, diz executivo de importadora

Foto: Divulgação

‘Mercado de alto luxo é particular no Brasil’, diz executivo de importadora
A pesquisa divulgada nesta semana que apontou São Paulo como a 10ª cidade mais cara do mundo não causa espanto em um setor que se consolida cada vez mais na cidade: o de consumo de luxo. Carros, joias, bebidas e até itens de decoração exclusivos têm clientela fiel na cidade.


“O mercado de alto luxo tem um comportamento particular no Brasil, é menos sensível às variações típicas de humor do mercado”, avalia Ricardo Carmignani, diretor-executivo da Winebrands, uma das principais importadoras de bebidas do país.

Entre os vinhos com boa demanda na importadora estão os do rótulo Solaia, com preço sugerido de R$ 1.249, e o Grand Echezaux, à venda por R$ 1.199. “Os brasileiros hoje têm participação muito relevante nos grandes leilões de vinho realizados pelo mundo. Temos grandes colecionadores, e há muito conhecimento nesta parcela mais sofisticada de consumo”, complemente Carmignani.

O consumo sofisticado se estende também aos serviços. No restaurante D.O.M., por exemplo, o menu degustação do jantar, com direito a oito pratos, sai por R$ 400, por pessoa e sem bebidas. Apesar do preço, é preciso fazer reserva com antecedência porque não costumam sobrar lugares na casa, que fica nos Jardins e ocupa o 25º lugar no ranking dos 50 melhores restaurantes do mundo, feito por uma revista especializada.

A pesquisa que listou São Paulo como a 10ª mais cara listou 214 cidades em cinco continentes e mediu o custo comparativo de mais de 200 itens em cada local, incluindo moradia, transporte, alimentação, vestuário, utilidades domésticas e entretenimento. A cidade de Nova York, que é usada como base e serve de comparação para todas as outras, ficou em 32º lugar no ranking. No ano passado, estava em 27º. São Paulo subiu 11 posições desde o ranking de 2010.

O consumo de alto luxo na capital paulista se estende por vários setores. Na joalheria Tiffany & Co., uma das joias campeãs de vendas é um bracelete em ouro 18k, que não sai por menos de R$ 34 mil. No ramo de decoração, as cifras também são altas, o que não inibe o consumidor de alto padrão.

A clientela da Celina Dias, loja especializada em tecidos para decoração e papeis de parede, não costuma se preocupar com o valor na etiqueta e costuma levar para casa produtos assinados por estilistas como Calvin Klein, Ralph Lauren e Oscar de la Renta.

Os papeis de parede com assinatura famosa, por exemplo, são vendidos apenas por encomenda e custam entre R$ 420 e R$ 850, o rolo com dez metros. O mercado de luxo oferece ainda um cobertor de cashmere por R$ 4.940. O produto, à venda na Trousseau, tem clientela assídua a cada inverno.

Américas
De acordo com a pesquisa elaborada pela empresa de consultoria econômica Mercer, outras duas cidades brasileiras também estão no ranking das mais caras. O Rio de Janeiro, que em 2010 ocupava a 29ª posição, subiu para a 12ª. Brasília, subiu 37 posições na lista e foi parar no 33º lugar.

Segundo a empresa, o principal determinante da escalada das cidades brasileiras no ranking foi a valorização do real em relação ao dólar e, principalmente, um aumento maior nos preços das acomodações.

Ranking das 10 cidades mais caras do mundo
1º Luanda, Angola
2º Tóquio, Japão
3º N’Djamena, Chade
4º Moscou, Rússia
5º Genebra, Suíça
6º Osaka, Japão
7º Zurique, Suíça
8º Cingapura, Cingapura
9º Hong Kong, Hong Kong
10º São Paulo, Brasil
12º Rio de Janeiro, Brasil
32º Nova York, EUA
33º Brasília, Brasil
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