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Sábado, 28 de setembro de 2024

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Islamistas são suspeitos de matar rebelde líbio

Rebeldes líbios disseram que os dois homens que mataram a tiros seu chefe militar eram combatentes aliados na luta para derrubar Muamar Gaddafi, o que levanta questões sobre divisões e ilegalidade em meio às fileiras rebeldes.


O assassinato de Abdel Fattah Younes, aparentemente por homens que lutavam a seu lado, prejudica a oposição no momento em que ela tenta ganhar um reconhecimento internacional maior e lançar uma ofensiva contra as forças de Gaddafi no oeste do país.

Depois de 24 horas de confusão, o ministro rebelde Ali Tarhouni disse que Younes foi morto por combatentes que o buscaram do front e que seu corpo cravado de balas e parcialmente queimado foi encontrado em uma fazenda perto da capital rebelde de Benghazi.

Tarhouni disse que um líder miliciano foi preso e confessou que seus subordinados haviam cometido o assassinato.

'Não foi ele. Seus tenentes o mataram', disse Tarhouni a repórteres na noite de sexta-feira, acrescentando que os assassinos continuavam foragidos.

Younes era do círculo íntimo de Gaddafi desde que o golpe de 1969 levou o coronel líbio ao poder e foi ministro do interior antes de desertar para o lado rebelde em fevereiro.

Muitos rebeldes sentiam-se desconfortáveis em aceitar ordens de um homem que foi tão próximo a Gaddafi durante 41 anos, e fontes rebeldes disseram na quinta-feira que Younes havia sido mandado de volta por suspeitas de que ele ou seus parentes estavam secretamente em contato com Gaddafi.

Os rebeldes estavam divididos sobre quem matou Younes, alguns suspeitando que sua execução foi ordenada por líderes rebeldes por traição, muitos acreditando que ele foi morto por partidários de Gaddafi que haviam se infiltrado nas fileiras rebeldes e outros sugerindo que um grupo rebelde dissidente havia agido sozinho.

Seja qual for a verdade, o assassinato aumenta a preocupação entre os que apóiam os rebeldes líbios no Ocidente, que estão ansiosos por vê-los ganhando a guerra civil de cinco meses, mas que se sentem frustrados pela falta de unidade do grupo e nervosos com a influência de islamistas.

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