As últimas denúncias de supostas fraudes na lista de assinaturas para criação do Partido Social Democrático (PSD) em Mato Grosso não desanimou o presidente da Comissão Provisória do PSD, deputado estadual José Riva, e o grande ato para consolidar o partido foi mantido nesta segunda-feira (1) com a presença do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, além da senadora Kátia Abreu, entre outras autoridades maiores da sigla no país.

Segundo Riva, a vinda de Kassab a Mato Grosso ainda não representa um "grande ato de filiação", porque o partido não está oficialmente criado, mas o fundador da nova legenda vem ao estado fazer o primeiro contato com as lideranças do PSD e dar tranquilidade para os que pretendem seguir para a sigla.

A preocupação maior é com a "Lei Anti-PSD", como o próprio Riva nominou a proposta do senador Demóstenes Torres (DEM) que pretende mudar a resolução de infidelidade partidária, determinando a perda do mandato para os que mudarem de partido, mesmo que seja para uma nova sigla. "Isso é esperneio, mas temos de respeitar", declarou o deputado, que já está mais do que decidido a deixar o Partido Progressista.

Sobre as falsificações de assinaturas, Riva ironizou o fato e garantiu que estas denúncias partem de "gente boba e idiota". Isso porque, todos sabem que as assinaturas são conferidas pelos Cartórios Eleitorais e portanto é uma perda de tempo tentar falsificá-las. "O tempo que se gasta para falsificar uma assinatura, consegue-se 10. É uma perda de tempo", justificou.

Na semana passada, de acordo com dados do próprio Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), 15 assinaturas na lista do PSD seriam de pessoas que já morreram e outras 4 mil não conferem. No total, o grupo ligado a José Riva apresentou mais de 40 mil assinaturas.