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Domingo, 21 de julho de 2024

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Veja dicas para fazer um bom negócio na venda do carro

Foto: Divulgação

Veja dicas para fazer um bom negócio na venda do carro
Perder dinheiro na hora de revender um carro usado ou seminovo é certo, porque, a partir do momento que um veículo é retirado da loja, ele começa a perder valor. No entanto, de acordo com especialistas consultados pelo G1, é possível diminuir essa desvalorização e fazer um bom negócio na venda do veículo. Entre os aspectos para os quais o atual dono deve ficar atento estão visual, higienização, documentação em dia, cor e nível de acessórios.


(Série Compra e venda de carros: o G1 publica nesta semana reportagens com exemplos de pessoas que tiveram problemas com esse tipo de negociação e dicas para evitar ou solucionar essas questões.)

De forma geral, a principal recomendação dos especialistas em compra e venda de usados é pesquisar e negociar em mais de um lugar para, assim, conseguir o melhor negócio. A Fundação Procon-SP lembra que é importante conhecer o histórico do futuro comprador, seja pessoa física ou uma loja, e que, na conclusão do negócio, é importante exigir a transferência da documentação, a ser feita pelo novo proprietário, e comunicar a venda ao Detran.

Preço
Quem vai vender deve ficar atento ao tipo de carro que tem mais saída -um quesito que pode influenciar na escolha do modelo zero quilômetro, considerando as chances de passá-lo para frente futuramente. Segundo Maurício Daher, vendedor da loja multimarcas 13 Car, de São Paulo, os modelos acima de R$ 30 mil são os que mais desvalorizam e os populares são os que menos perdem valor na revenda, isto porque a procura é maior e eles ficam menos tempo nas lojas. Modelos de luxo e blindados são os mais desvalorizados.

O primeiro passo antes de vender é consultar os preços praticados no mercado, o que engloba a tabela Fipe, que considera ano/modelo, combustível e versões do carro, além de sites renomados de vendas. Porém, o preço nunca pode ser levado como regra. Diversas variantes podem determinar valores menores ou maiores aos da tabela na hora da revenda, de acordo com Daher.

“O que vai fazer a diferença é o estado do veículo, a quilometragem, de onde o carro vem. Um Fiesta 2009, por exemplo, com 14 mil quilômetros vale R$ 500 reais a mais do que está na tabela Fipe. Já um de 70 mil quilômetros está abaixo do preço da tabela”, explica o vendedor. Por esse motivo, Daher recomenda a pesquisa na web para ter uma ideia da média de valores praticada no momento.

Loja da mesma marca
Caso o consumidor opte por vender o veículo a uma concessionária, a recomendação do supervisor de vendas de seminovos da Volkswagen Discovel, Fábio Acácio dos Santos, é de que o negócio seja fechado com uma loja que represente a marca do carro. Assim, o valor obtido deverá ser maior: “Se você vender o carro usado a uma loja da mesma marca, ele será mais valorizado, porque tem força na revenda”, afirma Santos.

Essa dica vale mais para carros acima de R$ 30 mil, porque os modelos abaixo desse valor são vendidos rapidamente nas concessionárias.

A hora certa de vender
Não existe uma idade para o carro desvalorizar, tudo vai depender das condições do mercado. No entanto, os dois primeiros anos são os mais críticos, porque o veículo perde em valor de 10% a 15% no primeiro ano e 10%, no segundo. Por isso, na ponta do lápis, não compensa vender o carro enquanto esse período não passar. No entanto, tudo vai depender do bolso de cada um. “Tem gente que troca o carro de três em três meses”, afirma o vendedor da loja multimarcas.

A recomendação geral é trocar o carro assim que ele começa a dar grandes gastos com manutenção. Segundo Santos, normalmente isso acontece quando o automóvel tem entre 50 mil e 60 mil quilômetros rodados. “É quando tem que trocar pneus, correia dentada etc. Essa revisão é mais cara. Se você vende o carro nesse período, o dinheiro que gastaria na revisão poderá usar para pagar o emplacamento e o licenciamento de um modelo novo”, diz.

Ar-condicionado valoriza o carro
A desvalorização também chega aos acessórios, no entanto, na conta final, eles agregam valor ao veículo. O item que mais faz diferença é o ar-condicionado, de acordo com os lojistas. “É até uma questão de segurança, porque com o ar-condicionado o carro pode ficar com os vidros fechados”, destaca Santos.

Porém, Maurício Daher explica que a pessoa não deve contar com o valor que pagou no equipamento. “Todo mundo quer carro mais completo, então faz diferença na revenda. Mas, se você paga R$ 3 mil no ar quando compra o zero, no usado ele vale R$ 1 mil”, esclarece.

Para não 'encalhar'
Preço e cor influenciam diretamente se o carro vai encalhar ou não. Mas não existe fórmula para isso, dizem os especialistas. “Em geral, o que você compra bem, vende bem. O pessoal hoje em dia está muito bem informado”, resume Daher. Por esse motivo, revisões em dia e documentação regular reduzem a probabilidade de o carro ficar estocado por muito tempo.

No caso da cor, o que vale é o modismo. Os carros mais procurados continuam a ser preto e prata. E, tirando os modelos esportivos, cores berrantes são as menos escolhidas. No entanto, o branco tem ganhado força nos últimos tempos, especialmente em modelos mais caros. “No segmento de luxo, a procura por branco é enorme, porque virou moda. Se o mercado é propício, o carro colorido agrega valor”, pondera Fábio Acácio dos Santos, da Discovel.
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