Olhar Direto

Segunda-feira, 06 de maio de 2024

Notícias | Política MT

TELES PIRES

Cidades cobram mais verba para hospitais por causa de usinas

Os municípios impactados pelas construções de cinco usinas hidrelétricas ao longo do rio Teles Pires, entre Sorriso e a divisa com o Estado do Pará, querem que o governo de Mato Grosso destine mais recursos ao hospital municipal de Alta Floresta – inclusive procedendo a estadualização da unidade – e abra o mais rápido possível o hospital de Sinop.


As cobranças estão na “3ª Carta do Teles Pires”, confeccionada em Alta Floresta, na última sexta-feira, por prefeitos de 11 municípios da região Norte, diretores de consórcios regionais, de entidades de classe e de outros organismos da sociedade civil organizada. O pedido está embasado no aumento populacional que as cidades vão receber em curto espaço de tempo, sobretudo Sinop, Alta Floresta, Paranaíta e Colíder.

Uma das considerações levadas em conta pelos gestores é que o hospital de Alta Floresta, por exemplo, é custeado com grandes sacrifícios financeiros para atender, com limitações, a população já existente na região. Sustenta, a carta, que o município já se confessa incapaz financeiramente de arcar com o custeio para atendimento dos atuais habitantes locais.

Estimasse que, somente em Paranaíta (vizinha de Alta Floresta), a cidade de 13 mil habitantes vá receber aproximadamente dez mil pessoas assim que as obras começarem, já que na região não há mão de obra disponível para construir a usina. A “Carta do Teles Pires” prevê que os impactos dessa migração de trabalhadores vão durar aproximadamente dez anos, inviabilizando os atendimentos médicos atualmente existentes.

Os prefeitos deixaram transparecer no documento que estão insatisfeitos com o governador Silval Barbosa (PMDB), com relação ao comprometimento com a saúde dos moradores do extremo Norte, quando citaram que, “o governo do Estado de Mato Grosso, que até então tem se mantido distante da vida desse Hospital, deve se envolver com os problemas que se avizinham, por motivações constitucionais, de vez que a população, antes de ser da região, está e estará presente dentro dos limites do Estado de Mato Grosso”.

Aduzem ainda que os tributos, impostos e royalties advindos durante e após a conclusão das obras das hidrelétricas, serão fortemente expressivos para os cofres do governo estadual, o que, por si só, justificam o investimento do Estado no Hospital Municipal de Alta Floresta.

A preocupação das lideranças regionais também se dá com os impactos ambientais negativos causados pela instalação de um complexo de hidrelétricas ao longo do rio. “Deverão ser agravados por impactos acumulados pela instalação de sete usinas na bacia hidrográfica (UHE’s Foz do Apiacás, Salto Apiacás, São Manoel, Teles Pires, Colíder, Sinop e Magessi), além das Pequenas Centrais Hidrelétricas previstas e já em funcionamento, agravando assim os impactos negativos”, descreve o texto.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet