Após quase oito horas, o Mega Leilão da Estância Bahia, confirmando expectável da organização, registrou novo recorde com a comercialização de 29.719 animais, com média total de R$ 679,62, sendo 20.528 machos, com média R$ 757 e 9.191 fêmeas, com média de R$ 503, em 166 lotes. Encerrado há pouco, o leilão teve um volume de vendas de R$ 20,185 milhões.

No ano passado, a média do macho ficou em R$ 658,51, enquanto da fêmea foi R$ 387,36. No Mega Leilão do ano passado, o volume comercializado foi de R$ 19,2 milhões.

“É de arrepiar”, disse o leiloeiro Paulo Brasil, ao anunciar o último lote do Mega Leilão. Emocionado, o empresário Maurício Tonhá, prefeito de Água Boa, e popularmente conhecido como Maurição, não escondeu sua emoção ao ser homenageado pelos compradores, organizadores e participantes do evento.

“Eu sabia que cumpriríamos nossa meta não só de bater o recorde, mas também de mostrar que o setor da pecuária de corte tem força para se recuperar de qualquer crise porque o mundo sempre teve e terá demanda por carne”, declarou Maurição para o Olhar Direto.

"Eu não achei essa danada (em referência à crise)", declarou Tonhá após o leilão. Ele ressaltou que o importante é garantir "a liquidez do mercado e não apenas o volume de negócios.

O último leilão (de número 136) foi comprado pelo diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-estrutura (Dnit), Luiz Antonio Pagot, que pagou R$ 109 por 195 fêmeas de 10 meses.

Tonhá ainda fez questão de agradecer toda equipe da Estância Bahia, com quem fez questão de dividir o mérito. "Confesso que fiquei 48 horas com apreensão e com grande expectativa, mas não com medo. Porque confio na minha equipe e a combinação positiva de fatores dos últimos dias me deixaram animado", finalizou Tonhá ao lembrar o anúncio do pacote do governo Federal de R$ 12 bilhões para os frigoríficos, a redução do ICMS para saída do boi em pé do Estado e ainda o acordo entre pecuaristas de Vila Rica e o frigorífico Quatro Marcos.

Atualizada às 20h11 / Segunda atualização às 20h25