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Sexta-feira, 26 de julho de 2024

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Divisão de Homicídios investiga participação de policiais na morte de bicheiro

A Divisão de Homicídios investiga a participação de policiais na morte do contraventor José Luiz de Barros Lopes, o Zé Personal, de 39 anos, assassinado a tiros dentro de um centro espírita, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio, no fim da noite da última sexta-feira (16).


Segundo a polícia, o bicheiro controla parte dos pontos de jogo ilegal na zona sul do Rio e em bairros da zona norte, como Tijuca e Grajaú, que inclui pontos de aposta de jogo de bicho, bingos clandestinos e máquinas caça-níqueis.

Um dos indícios sobre a participação de policiais na morte do contraventor é o tipo de arma usada no crime. Cápsulas de pistola calibre 40 foram encontradas no local do crime, o mesmo usado pelas polícias Civil e Militar.

Zé Personal e Josimar Soares de Oliveira, de 27 anos, que também trabalharia para a contravenção, foram mortos dentro de um centro espírita na Travessa Pinto Teles, na Praça Seca, durante uma consulta. O responsável pelo estabelecimento religioso foi ouvido pelos investigadores. Poupado pelos assassinos, ele disse não ser capaz de reconhecer ninguém, já que o homem visto por ele estava com o rosto coberto.

Testemunhas contaram a policiais militares logo após o crime que três homens encapuzados participaram do crime, mas apenas um deles teria atirado contra o contraventor e o amigo. Um outro suspeito teria dado cobertura à ação do lado de fora do centro.

Como nada foi roubado das vítimas, a principal linha de investigação da Divisão de Homicídios é a de crime encomendado. Para a polícia, o alvo do ataque era Zé Personal, que exercia uma função de liderança no jogo ilegal do Rio.

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A polícia pretende localizar testemunhas que possam fornecer informações sobre os assassinos. Familiares das vítimas também serão chamados para depor e passar informações sobre a rotina deles, assim como detalhes da vida particular de cada um. O objetivo é descobrir quem teria motivos para matar Zé Personal.

Câmeras de estabelecimentos da região também serão analisadas para checar se alguma delas filmou os assassinos ou algum veículo usado por eles.

Zé Personal assumiu parte do controle dos pontos de jogo de bicho e de máquinas caça-níqueis após a morte do bicheiro Waldemir Paes Garcia, o Maninho, em setembro de 2004. Ele casou com uma filha de Maninho e divide com Alcebíades Paes Garcia, o Bide, irmão de Maninho, a administração dos negócios da família.
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