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Sexta-feira, 04 de outubro de 2024

Notícias | Copa 2014

Chips monitoram árvores do programa Copa Verde

O programa Copa Verde iniciou a fase de monitoramento por chips eletrônicos das espécies plantadas às margens do rio Cuiabá, na comunidade de Barranco Alto, em Santo Antônio de Leverger (MT). Informações sobre o número de mudas plantadas em cada propriedade, nome das espécies e identidade geográfica das árvores poderão ser acessadas pela internet.


A Agecopa financia o programa, que é executado pelo Instituto Ação Verde. O crédito de carbono gerado pelas novas árvores será vendido pelas comunidades e comprado pela agência para a compensação e neutralização de gases poluentes emitidos na construção da Arena Pantanal.

Em média, cada árvore plantada sequestra 138 quilos de carbono durante o período de 30 anos. Estima-se que a obra do novo Verdão emitirá 711 mil toneladas de carbono equivalente.

Nos próximos três anos serão destinados R$ 3,5 milhões para o projeto, dos quais R$ 710 mil serão destinados em forma de pagamentos por serviços ambientais aos ribeirinhos dos municípios ao longo das margens dos rios Cuiabá, Paraguai e São Lourenço. Serão recuperados cerca de mil hectares de áreas de preservação permanentes (APPs) com o plantio de 1,4 milhão de árvores. Já foram plantadas 50 mil mudas, de 62 diferentes espécies em 88 propriedades.

O monitoramento das árvores permitirá um total controle do processo, garantindo conhecer a origem das mudas plantadas. Toda essa identificação é também uma forma de segurança no mercado de carbono, pois garante que cada planta terá um único comprador”, assegurou o diretor técnico do Ação Verde, Paulo Borges.

Além dos chips que começaram a ser instalados nas propriedades cadastradas no programa, outra novidade é a criação das reservas de serviços ecossistêmicos, que são áreas de mata nativa já preservadas pelos ribeirinhos. Nelas, os técnicos vão instalar chips nas árvores produtoras de sementes e realizarão o trabalho de levantamento de crédito de carbono.

Inicialmente, estavam inclusas no projeto apenas áreas com passivos ambientais, mas começamos uma nova etapa, na qual o ribeirinho que sempre conservou a mata ciliar também ingressará no mercado de carbono”, explicou Borges.

A exploração do turismo e a conservação da natureza caminham juntas, o que torna a Copa Verde um importante instrumento de preservação dos rios formadores do Pantanal, ecossistema que atrairá milhares de turistas de todo mundo em 2014”, ressaltou o presidente da Agecopa, Eder Moraes.

Nós tiramos nosso sustento do rio e temos que preservá-lo. Só tem lucro quem preserva”, disse Célio Chaves, dono de um pesqueiro em Barranco Alto. Ele começou o plantio de árvores nas áreas degradadas da sua propriedade antes mesmo do início do Copa Verde e, ao aderir o programa, vem ampliando o número de mudas plantadas.
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