Uma audiência pública na Assembleia Legislativa vai discutir nesta quinta-feira (29.09) a construção da Cultura da Paz em Mato Grosso. Requerida pelo presidente da Casa de Leis, deputado José Riva, o evento começa a partir das 14h30 no auditório Deputado Milton Figueiredo. O objetivo é de assegurar a transição da cultura de guerra, violência, de imposição e de discriminação à cultura da não-violência, do diálogo, da tolerância e da solidariedade.
Segundo Riva, a Cultura de Paz é um poder gerado por um triângulo interativo de paz, desenvolvimento e democracia. “A cultura de vida trata-se de tornar diferentes indivíduos capazes de viverem juntos, de criarem um novo sentido de compartilhar, ouvir e zelar uns pelos outros, e de assumir responsabilidade por sua participação numa sociedade democrática que luta contra a pobreza e a exclusão; ao mesmo tempo em que garante igualdade política, equidade social e diversidade cultural”, explica Riva.
A Cultura de Paz, que se tornou realidade em Yamoussoukro, Costa do Marfim, em 1989, foi adotada como Programa da Organização em 1995 e está a caminho de se tornar um movimento mundial. Indivíduos, instituições e estados já estão tomando parte nesse movimento. “Um grande número de parceiros, incluindo grupos de mulheres, grupos de jovens, professores, prefeitos, membros de parlamento, forças armadas, jornalistas, figuras religiosas, representantes de povos indígenas e artistas já empreenderam importantes projetos”, lembra o deputado.
Em 1997, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o ano 2000 o Ano Internacional da Cultura de Paz, e em 1998 declarou o período 2001-2010 a "Década Internacional da Cultura de Paz e Não-Violência para as Crianças do Mundo". O Manifesto 2000 por uma Cultura de Paz e Não-Violência, projetado pelos ganhadores do Prêmio Nobel da Paz, tornou-se público em 4 de março, um evento que marcou o início de uma campanha de conscientização pública mundial para promover os objetivos do Ano Internacional da Cultura de Paz.
A Cultura de Paz está relacionada à prevenção e à resolução não-violenta dos conflitos. “Trata-se de um esforço e dedicação para o diálogo, a negociação e a mediação, de forma a tornar a guerra e a violência inviáveis, e deve ser entendida como um processo, uma prática cotidiana que exige o envolvimento de todos”, conclama Riva.
Serão convidados o governador Silval Barbosa; secretários de Estado; Sintep; Conselho Estadual de Educação; universidades; Undime; Escolas da rede estadual de ensino; Rotary, Lions Club; maçonaria; igrejas; e demais segmentos da sociedade organizada.
