O suplente de deputado estadual Aray Fonseca (PTB), que ocupa a cadeira de Luiz Marinho, em licença médica por graves problemas de saúde, pode ser o mais novo membro do PSD (Partido Social Democrata), sigla recém-criada em âmbito nacional pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (ex-DEM).
Fontes familiares e da agremiação petebista informaram que as "tratativas entre Aray e o deputado José Riva (presidente da Assembleia Legislativa) estão em estágio avançado", muito embora o "martelo ainda não tenha sido batido" e tampouco a última palavra foi dada.
"O convite foi feito sim, mas o deputado Aray ainda está analisando se aceita ou não ser o sexto deputado do PSD", confirmou uma das fontes ouvidas pelo
Olhar Direto, na noite desta segunda-feira (3).
Independente de Aray aceitar ou não migrar para o PSD, o fato é que o convite de Riva foi confirmado e o suplente/deputado está titubeante, mas determinado e incentivado a aceitar o espaço na sigla peessedista. Contudo, há quem condene a postura entre a velha guarda do PTB e até mesmo neopetebistas.
"Há muita indignação no ar e isso é inegável", sentencia uma das lideranças ouvidas pela reportagem, para a qual "a situação é lamentável" porque o PTB pode, mais uma vez, perder representantividade no Poder Legislativo. Aliás, tem sido assim desde a década de 90, quando o partido conseguiu eleger representantes e a assistiu, passivamente, todos mudarem de partido.
Mas há defensores do comportamento de Fonseca por conta da decisão do prefeito Chico Galindo de não tê-lo respaldado na grave crise de comando instalada na Sanecap, na gestão do suplente/deputado. Polêmica e conturbada, a administração de Aray na Sanecap foi duramente criticada e serviu de alvo da oposição de de alguns setores oportunistas da mídia.
Contudo, a despeito das controvérsias, o fato é que Aray está com um pé no PSD por se sentir "abandonado e preterido" por Galindo, fato que é veementemente rechaçado pelos aliados do prefeito.
Nas últimas eleições gerais o PTB conseguiu eleger um ou dois deputados, mas todos os eleitos mudaram de partido. A lei da fidelidade partidária conseguiu frear a debandada, mas agora com a janela aberta com a chegada do PSD, os petebistas podem migrar de sigla e deixar a legenda na mão.
Vale destacar que durante a campanha Aray teve todo o apoio do partido, mas após ficar como suplente se sentiu desprestigiado.
O PSD ainda deve contar com outros deputados. Dentre eles, Walter Rabello, Luizinho Magalhães, Baiano Filho, Airton Português.
Primeira atualização aos 18 minutos de terça-feira (4)/ Segunda atualização às 8h29
