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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Imagens mostram precariedade em atendimento médico a índios no AM

Foto: Divulgação

Imagens mostram precariedade em atendimento médico a índios no AM
Greve de servidores da saúde continua a assolar populações indígenas no interior do Amazonas. Mais de 28 mil índios de áreas isoladas seguem sem atendimento médico devido ao atraso no pagamento dos 320 funcionários do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) do Alto Rio Negro. Segundo a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), a situação deverá ser regularizada em 15 dias. Fotos enviadas ao G1 mostram a precariedade do serviço na região.


Segundo o enfermeiro Sizinando Joel Pontes Lobato, de 40 anos, a situação no Alto Rio Negro é grave. "As fotos mostram a rotina do serviço executado por aqui: tanto o difícil acesso para os profissionais, como as condições a que são submetidos os pacientes", contou.

Os enfermeiros, médicos, odontólogos, técnicos em enfermagem e agentes de saúde, responsáveis pelo atendimento a 1.771 aldeias indígenas, representantes de 28 etnias, estão sem receber salário desde o último mês de junho. Com a greve dos servidores, os índios deixaram de receber acompanhamento médico. O encaminhamento de enfermos para centros do Sistema Único de Saúde (SUS) em municípios próximos às aldeias onde vivem passou a ser realizado de maneira improvisada, como mostram as imagens enviadas ao G1.

A região sem atendimento é uma das áreas de atenção da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) por abrigar tribos onde foram encontrados índices alarmantes de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), como AIDS e sífilis. O número mais preocupante, segundo a Sesai, é em gestantes: 2,17% das futuras mães possuem sífilis.

A Sesai, responsável pela direção das DSEIs, informou ao G1 que repassou, em junho, verba de R$ 90 milhões para a Funasa. O dinheiro, segundo a Secretaria, deve ser direcionado para a manutenção das 34 DSEIs do país, inclusive o pagamento dos funcionários da DSEI do Alto Rio Negro.
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