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Sábado, 27 de julho de 2024

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Polícia diz que botijões estavam em local impróprio e não em ambiente arejado

Após avaliação preliminar na manhã deste domingo (16) do local onde restaurante explodiu, o titular da Delegacia da Gomes Freire (5ª DP), Antônio Bonfim, disse as informações passadas pelo advogado do dono do estabelecimento não são verdadeiras.


- Segundo o advogado, eles (o dono e o gerente) disseram que os botijões estavam em local arejado. Não é verdade. Estava em local confinado e foi criado um ambiente ideal para um resultado como o que teve. As instalações onde se encontravam os botijões são totalmente impróprias. Estou aguardando o perito chegar até a cozinha para definir de onde saiu a mangueira remendada encontrada no sábado.

O delegado também informou que próximo ao restaurante que explodiu na última quinta-feira (13) causando a morte de três pessoas e ferindo outras 17 ficava uma LAN house e que todos os HDs (disco rígido) encontrados estão sendo recolhidos e levados para perícia. Ainda não há confirmação se um deles é do sistema de gravação de câmeras do restaurante.

Cilindros de gás

A polícia procura mais cilindros de gás, após retirar, na manhã deste domingo, os seis equipamentos encontrados no sábado (16). A suspeita surgiu depois que peritos constataram que havia tubos vazios.

As válvulas dos equipamentos também foram encontradas, mas os canos que levavam o gás para a cozinha continuam desaparecidos. O trabalho de retirada dos escombros continua.

O titular da Delegacia da Gomes Freire (5ª DP), Antônio Bonfim, e peritos estavam no local da explosão por volta de 10h45 para avaliar a situação.

Os cilindros, de 45 kg cada, foram achados por funcionários que trabalhavam na retirada dos entulhos na tarde de sábado (15). Segundo o delegado Antônio Bonfim, os peritos vão avaliar se a quantidade de gás armazenada seria suficiente para causar uma explosão tão forte.

Além disso, também foi encontrado no sábado um pedaço de mangueira remendada com fita isolante. A peça seria utilizada para abastecer os cilindros de gás que eram armazenados no subsolo.

Depoimento

O dono do estabelecimento desmarcou pela segunda vez o depoimento que prestaria à polícia. Segundo o advogado do dono do restaurante e do gerente – que são irmãos – os dois vão se apresentar para esclarecimentos na próxima segunda-feira.


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Castro confirmou que a manutenção do gás era feita por uma empresa terceirizada. Ele ressaltou que o restaurante tinha autorização para funcionamento (alvará provisório) e garantiu que sempre que a prefeitura pediu melhorias, elas foram cumpridas.

O delegado quer imagens do circuito interno do restaurante para que possam ajudar a esclarecer como o gás usado pelo estabelecimento era abastecido, uma vez que o síndico do edifício disse que, em dois anos de funcionamento, nunca viu botijões ou cilindros sendo entregues no local.
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