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Sábado, 27 de julho de 2024

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Mais de 700 argentinos devem votar em São Paulo até o fim do dia

A população argentina elegerá neste domingo (23) presidente e vice-presidente, renovando também parte de seus representantes no Congresso e no Senado. Enquanto na Argentina cerca de 29 milhões de pessoas estão aptas a votar, no Brasil aproximadamente 2.739 são esperadas hoje.


Apesar do voto não ser obrigatório fora do país, 777 cidadãos argentinos se cadastraram em São Paulo para votar no consulado da capital paulista hoje -- entre eles 289 mulheres e 488 homens -- como informou a sede diplomática à Ansa.

Gustavo Amejeiras explica que se registrou no Consulado logo que mudou para o Brasil. Segundo ele, a única forma de conseguir mudanças é por meio da democracia.

- Como aqui, lá tem muita corrupção, muita prepotência por parte do poder. Mesmo estando longe eu torço para que a situação mude.

O cientista social Elson Menegazzo, que estuda a participação dos estrangeiros no processo eleitoral, explica que o comparecimento dos argentinos é baixo.

Dario Silvio Lobos, que está no Brasil há cerca de sete meses se encaixa neste quadro. Ele disse que não teve tempo para se cadastrar corretamente no consulado e resolveu justificar a ausência no pleito para evitar futuros problemas.

Menegazzo citou como possível causa da baixa participação o problema do tamanho da jurisdição do consulado, como no caso paulista, todos os argentinos do estado devem votar na capital, o que dificulta a participação daqueles que moram em locais mais afastados.

Ele ainda citou um estudo que aponta que, desde 1993, data em que os argentinos começaram a votar do estrangeiro, a participação é baixa, sendo que nos últimos anos registrou uma média mundial de 12%.

Outra dificuldade citada pelo acadêmico foi o fato de que serão eleitos deputados e senadores em algumas províncias. Desta forma, os argentinos que votam no Brasil elegem os representantes das regiões onde moraram pela última vez, fato que causa certa "confusão" para aqueles que estão longe do país há mais tempo.

Silvia Cevasco, que afirmou ter comparecido às urnas para "exercer sua cidadania", disse que, quando o cidadão se interessa por seu país, ele pode encontrar informações sobre os candidatos por meio da Internet e dos jornais.

- Se você se interessa, é curioso, se quer saber sobre os representantes, você acaba sabendo tanto do país onde reside como do país da onde vem.

O processo de votação dentro do consulado acontece como na Argentina, sendo que a urnas vêm de lá e são usadas as mesmas cédulas do país. O processo de apuração, por sua vez, acontece dentro da própria sede diplomática. Quando os votos são contabilizados, os resultados são enviados de volta para o país.
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