Uma mulher russa descobriu que a filha havia sido trocada na maternidade, após fazer um exame de DNA para forçar o ex-marido a pagar pensão para a menina de 12 anos.
Após o divórcio, o ex-marido de Yuliya Belyaeva disse não acreditar ser o pai de Irina, porque ela não se parecia com ele.
'Fizemos dois testes de DNA. Ambos os testes mostraram que eu e meu ex-marido não somos os pais biológicos de Irina', disse Belyaeva.
'A juíza não conseguia acreditar. Ela disse que só tinha visto casos assim na TV e que não sabia o que recomendar.'
Hospital
Belyaeva se lembrou da noite em que deu à luz Irina, em dezembro de 1998, quando havia outra mulher em trabalho de parto. Foi aí que ela percebeu o que havia acontecido: as bebês haviam sido entregues aos pais errados.
A polícia conseguiu encontrar os pais biológicos de Irina, que vivem na mesma cidade.
'Era verdade. A filha deles, Anya, tem cabelos mais claros e se parece comigo e com meu ex-marido. E nossa filha tem pele morena e cabelos escuros e se parece com o outro pai. Ele é tadjique, e ela se parece muito com ele', disse Belyaeva.
'A outra família é muçulmana, então minha filha biológica foi criada como muçulmana. Eles têm tradições e costumes completamente diferentes, o que torna as coisas ainda mais difíceis.'
Semelhanças
O pai biológico de Irina, Naimat Iskanderov, não queria acreditar que tinha havido uma troca.
'Aí o detetive me mostrou uma foto da outra menina, Irina, a que eles diziam que era minha filha de verdade. Quando vi o rosto dela era como ver a mim mesmo', disse ele.
Os pais e as meninas têm se encontrado numa tentativa de aproximação.
Ainda assim, nenhuma das meninas quer deixar a família em que foi criada, apesar de se dizerem felizes com o encontro.
'Ficamos um pouco tímidas no início. Mas agora somos melhores amigas', disse Irina, ao lado de Anya.
As duas famílias estão processando o hospital da cidade de Kopeisk, nos Montes Urais, e pedindo uma indenização equivalente a R$ 285 mil, mas nenhum funcionário poderá ser responsabilizado pelo erro, porque muitos anos se passaram.