Um dia após confirmar o início do tratamento contra um linfoma --um câncer nos gânglios linfáticos--, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) descansa em sua residência em Brasília. A assessoria do Palácio do Planalto informou neste domingo que ainda não houve um contato entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra depois da notícia.

Nesta segunda-feira, Dilma acompanha o presidente Lula em um encontro com governadores no Norte, em Manaus, para assinatura de convênios de programas sociais com Estados da região. A ideia é combater o analfabetismo e a mortalidade infantil.

As metas estabelecem uma diminuição de 5% ao ano da taxa de mortalidade infantil e neonatal, por meio de ações integradas entre o Ministério da Saúde e as secretarias estaduais para a ampliação do atendimento e qualificação dos profissionais e a oferta de cursos de alfabetização de jovens e adultos a mais de 980 mil pessoas.

Tratamento

Dilma confirmou ontem que passará por tratamento de quimioterapia para combater o linfoma. A ministra afirmou que há cerca de 30 dias foi detectado um nódulo em sua axila que já foi retirado. Exames constataram que não havia outros focos da doença em seu organismo. Entretanto, ela terá de se submeter a um tratamento por quimioterapia por quatro meses.

Segundo a equipe médica que acompanha o estado de saúde da ministra, ela tem chances "altíssimas" de se curar totalmente do linfoma. As sessões de quimioterapia serão realizadas a cada três semanas e não devem afetar o ritmo de trabalho de Dilma. De acordo com os médicos, a quimioterapia será feita por questão de segurança, como tratamento complementar para o linfoma do tipo B de grandes células.