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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Alunos retirados da USP precisam de 'aula de democracia', diz Alckmin

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou na tarde desta terça-feira (8) que os estudantes retirados do prédio da reitoria da USP após ocupação precisam de uma “aula de democracia”. Alckmin criticou a depredação do patrimônio da universidade realizado durante a invasão. Na madrugada desta terça, a Polícia Militar cumpriu a determinação judicial de reintegração de posse do prédio da reitoria da USP.


“Alguns estudantes precisam ter aula de democracia, de respeito à decisão judicial, de respeito ao patrimônio público porque a população que paga impostos, população que é mais pobre, que mantém a USP, que é todinha dinheiro público... Não é possível depredar móveis, pichação, depredar prédio público feito com sacrifício da população desta que é a melhor universidade da América Latina”, disse Alckmin.

Durante a reintegração, 73 estudantes foram detidos. Eles serão indiciados por dano ao patrimônio público e desobediência à ordem da Justiça. Eles também serão responsabilizados por dano ambiental devido às pichações feitas nas paredes do prédio. Todos deverão passar por exame de corpo de delito.

Alckmin afirmou que a atitude dos estudantes não é tolerável. "A lei é para todos. Não é possível estabelecer que alguém esteja à margem da legislação. Não é tolerável, não é razoável esse tipo de procedimento de invadir prédio público, depredar prédio público, não cumprir ordem judicial. No passado, na época do período militar, a PM não ficava na universidade porque tinha aspecto político da repressão ao pensamento, da manifestação política. Hoje é totalmente diferente, já passou o período militar. Nós estamos no processo democrático. A presença da polícia é para garantir a integridade física e patrimonial de professores e funcionários, evitar assalto, latrocínio, roubo", completou o governador.

Ainda segundo Alckmin, desde que a PM começou a patrulhar a Cidade Universitária, os índices de criminalidade caíram. "Se formos pegar todos os indicadores, roubo caiu 80%, roubo de automóveis caiu 95%, lesão corporal, 80%".

Formação de quadrilha
O delegado seccional Dejair Rodrigues afirmou que os estudantes detidos só poderão deixar 91º DP (Ceasa) após pagamento de fiança de R$ 1050 por aluno. Segundo Rodrigues, cada um dos detidos terá situação financeira avaliada pela autoridade policial para, se for o caso, arbitrar um valor compatível.

Os estudantes também serão investigados pela polícia por formação de quadrilha. De acordo com Rodrigues, a polícia esteve no prédio da reitoria e constatou que as câmeras de segurança e portas foram destruídas e paredes estão pichadas. O edifício foi invadido por alunos contrários à presença da PM na Cidade Universitária, na capital paulista, desde o dia 2.

Em vistoria no prédio da reitoria, a PM informou ter encontrado sete garrafas de coquetel molotov em uma das salas, seis caixas de morteiros e um galão de gasolina.

A assessoria de imprensa da USP informou que as aulas ocorrem normalmente nesta manhã e que o balanço do que foi destruído deverá ser divulgado no final da tarde desta terça. Ainda segundo a universidade, as atividades no prédio da reitoria deverão ser retomadas na quarta-feira (9). A USP ainda não definiu se os alunos detidos durante a reintegração de posse sofrerão alguma punição. Por volta das 12h40, duas peritas estavam no prédio da reitoria para avaliar os estragos deixados.
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