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Sexta-feira, 02 de agosto de 2024

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Gripe suína tem prós e contras para mercado mexicano, dizem analistas

O perigoso surto de gripe suína, que possivelmente causou 149 mortes no México, teve diversos efeitos na economia e nos mercados locais, o que beneficia várias empresas e afeta negativamente outras, como afirmaram hoje vários analistas.


A equipe de Análise de Bolsa do Grupo Financeiro Ixe disse, em relatório publicado hoje, que a inatividade econômica relacionada com as medidas impostas pelo Governo mexicano terá "distintas repercussões nos resultados financeiros de indústrias e setores".

Segundo especialistas, "os mercados financeiros e os participantes de bolsa começaram a reconhecer o dito impacto cuja magnitude, tempo e profundidade dependerão precisamente da duração da inatividade econômica e da situação psicológica da população".

Com efeito, o Índice de Preços e Cotações (IPC), o principal indicador da Bolsa Mexicana de Valores (BMV), registrava hoje uma forte queda, superior a 3%.

"Embora o efeito imediato de queda em bolsa seja geral, existem como sempre empresas ganhadoras perante qualquer circunstância, inclusive as mais difíceis", afirma o documento.

De acordo com o Ixe, a maioria dos cidadãos do Distrito Federal e do contíguo Estado do México permanecerá mais tempo em suas casas para "comer e ver TV", dado que continuam fechados grande parte dos restaurantes, eventos esportivos, cinemas e museus.

O relatório diz que a circunstância será benéfica para empresas de televisão como "Televisa" e "TV Azteca", que aumentarão sua audiência.

Por sua vez, as cadeias comerciais (Wal-Mart e Soriana, principalmente) e, sobretudo, as que oferecem serviço fora de casa, deverão aumentar as vendas com o maior consumo de diferentes produtos (incluindo remédio) de todos aqueles que ficarão em casa, segundo os analistas do Ixe.

No fim de semana, os supermercados na capital mexicana ficaram lotados, por isso que vários analistas estimaram que as compras de pânico poderiam gerar pressões inflacionárias. A opção do fast-food será boa para operadores de franquias.

Por sua parte, os prejudicados serão principalmente os cinemas, teatros, restaurantes e aeroportos.

"Algumas empresas de bebida que produzem cerveja refletirão o menor consumo relacionado com restaurantes e outros lugares públicos, embora com parcial compensação de outras bebidas", explicaram os especialistas.

Além disso, os operadores de aeroportos do México, ASUR, OMA e GAP deverão ver "diminuído seu tráfego perante distintas medidas de precaução, principalmente de estrangeiros", destaca o informe.

O possível cancelamento de voos e de excursões poderia afetar a indústria turística do país, o segundo setor econômico em importância depois da indústria petrolífera.

As autoridades mexicanas estimam hoje em 149 o número de mortes registradas pela febre suína e, além disso, confirmaram que 20 das vítimas foram devido a esse vírus.
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