O governo do Paquistão enviou nesta terça-feira 30 mil soldados para a região noroeste do Paquistão, para conter o avanço do grupo islâmico radical Taleban que desde o último domingo (26) estão em confronto com o Exército.

Estamos nos organizando para recebê-los nos distritos de Peshawar, Nowshera e Timargarah", disse Mian Iftijar Hussain, ministro da Informação da Província da Fronteira do Noroeste.

O Exército paquistanês, apoiado por helicópteros de combate, iniciou neste domingo uma ofensiva para responder uma emboscada no distrito de Lower Dir, na região de Malakand, onde supostamente deveria ser aplicado um polêmico cessar-fogo assinado em fevereiro em troca da instauração de tribunais islâmicos.

Nesta segunda-feira, membros do Taleban suspenderam as negociações de paz com o governo no Vale do Swat (noroeste do Paquistão) até o fim de uma ofensiva. O primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, anunciou durante visita ao Paquistão, uma ajuda adicional de 10 milhões de libras (cerca de R$ 32 milhões) para o governo intensificar as ações de combate ao terrorismo.

A operação, que é liderada por tropas do governo, sofre pressão dos Estados Unidos que pedem para frear o avanço dos extremistas na região após o acordo de fevereiro, que permite aos talebans aumentar sua influência na zona de fronteira com o Afeganistão.

Segundo o governo paquistanês, os combates de domingo mataram vários talebans e um soldado paquistanês em Lower Dir, um dos sete distritos de Malakand, onde as autoridades paquistanesas concluíram um acordo para a aplicação da sharia (lei islâmica) para acabar com os ataques por parte dos talebans no Vale do Swat.