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Sexta-feira, 02 de agosto de 2024

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Vendas em restaurantes na Cidade do México caem 90%, diz associação

As vendas nos restaurantes da Cidade do México (capital do país) tiveram uma queda de até 90% no último fim de semana, devido a interdição estabelecida pelo governo para conter o avanço da gripe suína. As perdas chegam a 450 milhões de pesos mexicanos (R$ 71,6 milhões), segundo o presidente da Canirac (Câmara Nacional do Setor de Restaurantes e Alimentos Condimentados, na sigla em espanhol), Francisco Mijares Noriega.


A Canacope-DF (Câmara do Comércio Varejista da Cidade do México, na sigla em espanhol), por sua vez, mostrou que, com as medidas do governo, um estabelecimento comercial com movimento de 4.000 pesos mexicanos (R$ 636) por dia fatura agora apenas 1.000 pesos (R$ 159), destacou o dirigente do grupo, José Caudillo Herrera, segundo o diário mexicano "El Occidental". 

Herrera disse, segundo o diário, que o comércio na capital mexicana já sente reflexos das medidas adotadas para conter o avanço da gripe suína --que já matou 22 pessoas no país. "Sem dúvida a gripe suína teve um impacto negativo no setor de comércio, serviços e turismo em nossa cidade", afirmou.

O baixo nível de vendas persiste nesta semana, informou a Canacope, em um comunicado; apenas ontem, a queda no movimento do comércio foi de 80%.

Noriega destacou que a ordem do governo para suspender as atividades dos restaurantes na capital mexicana atingiu 20 mil dos 35 mil estabelecimentos na capital e que pode levar a falências, segundo o diário mexicano "El Universal".

A Antad (Associação Nacional de Supermercados e Lojas de Departamentos, na sigla em espanhol) informou que as lojas das empresas filiadas ao grupo permanecerão abertas em seus horários normais até que o governo determine alguma mudança. A associação ainda pediu que as pessoas não corram aos supermercados para fazer compras, uma vez que as lojas permanecerão abertas, informou o diário mexicano "El Financiero".

"A propagação dos rumores sobre o fechamento iminente do comércio devido à gripe suína fez com que os mexicanos abarrotassem os supermercados e os postos de combustíveis até cerca de meia-noite [2h em Brasília] na capital", informou o jornal.

A rádio "13 Noticias" informou que, apesar de o governo da capital ter informado não haver risco de desabastecimento de artigos de primeira necessidade, houve uma corrida de consumidores a supermercados e centros comerciais durante a noite.

No mundo

A OMS (Organização Mundial de Saúde) aumentou ontem o nível de alerta para quatro em uma escala de até seis, indicando que a gripe suína está espalhada em nível de comunidades e aumento significativo de risco de pandemia. O grau 5 é declarado quando há focos em mais de dois países de uma mesma região; e o 6, quando a pandemia é oficial. Essa escala da OMS foi feita em 2005 devido à gripe aviária.

Autoridades de Israel e Nova Zelândia confirmaram hoje seus primeiros casos de gripe suína. A Espanha, por sua vez, confirmou seu segundo caso da doença e dois outros casos foram confirmados no Reino Unido, além de 50 nos Estados Unidos e seis Canadá --onde, até o momento, não causou nenhuma morte.

Na Nova Zelândia, o ministro da Saúde, Tony Ryall, anunciou que três das 11 pessoas de um grupo escolar que visitou recentemente o México estão efetivamente com a gripe suína. Outros 43 casos estão à espera do resultado dos exames de laboratório.

Em Israel, Tomer Vayim, 26, também voltou recentemente do México. Segundo a porta-voz do Ministério de Saúde, Einav Shimron, ele é o primeiro caso confirmado da gripe no país, foi hospitalizado e está sob observação, mas se encontra em boas condições.

No Japão, onde ainda não há registros de casos, governo anunciou que vai endurecer a concessão de vistos para cidadãos mexicanos. Na China, o governo vai inspecionar as fazendas de porcos.

Nos EUA, funcionários de aeroportos, portos e fronteiras terrestres começaram a interrogar os viajantes e a examinar os que apresentam sintomas de gripe, informou a chefe do departamento de Segurança Interna, Janet Napolitano.

O governo britânico aconselhou seus cidadãos a evitarem viagens ao México, ao menos que sejam essenciais --medida semelhante foi adotada na França.

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