A ocupação das favelas da Rocinha e do Vidigal, batizada pela Secretaria de Segurança Pública de “Choque de Paz”, completa uma semana neste domingo (20). Nesse período, 47 suspeitos já foram presos e 185 armas foram apreendidas. Entre os presos está o chefe do tráfico na comunidade, Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, transferido no último sábado (19) para o presídio federal de Campo Grande (MS).
De acordo com a secretaria, entre as armas de fogo apreendidas há 77 fuzis, além de carabinas, espingardas, lança-rojões, metralhadoras, pistolas, e submetralhadoras. Ao todo, foram apreendidas quase 27.415 projéteis para diversos calibres e 199 explosivos, entre eles 93 bombas de fabricação artesanal, 82 granadas e 24 rojões.
As apreensões são resultado de mais de dez incursões das polícias militar, civil e federal. Também foram encontradas drogas: 166 kg de cocaína, além de cinco pacotes e 9.506 sacolés da droga; 60 kg e 17 tabletes de pasta-base de cocaína; 138 kg de maconha e 4.340 pacotes e 135 pedras de crack. Também foram encontrados 28 comprimidos de ecstasy.
No quesito veículos, foram 232 motocicletas e 22 carros, parte com documentação irregular e parte roubada. Também foram encontradas substâncias químicas usadas no refino de cocaína: 90 litros de ácido sulfúrico e 55 litros de éter. A quantidade de balanças de precisão dá a dimensão do volume de drogas vendido na Rocinha: 24, usadas para pesar a droga.
Ao todo, quase 100 mil itens foram apreendidos na Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu. Três centrais clandestinas de TV por assinatura também foram fechadas, 62 máquinas caça-níqueis foram apreendidas e 48 rádios de comunicação encontrados. Foram apreendidos também coletes à prova de balas e camisas semelhantes às usadas pela polícia.
A Secretaria de Segurança Pública pede que a população denuncie locais onde estão escondidos traficantes, armas e drogas. À disposição, os telefones do Disque-Denúncia (0 XX 21 2253-1177), da Polícia Militar (190) e da chefia de Polícia Civil (0 XX 21, 2332-9915). A Rocinha permanece ocupada até a implantação de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora).
