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Segunda-feira, 29 de julho de 2024

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Coreia do Norte reabre fronteira com o sul

A Coreia do Norte concordou reabrir totalmente a fronteira nesta terça-feira para sul-coreanos que trabalham em fábricas na zona econômica do norte, de acordo com o ministério da Unificação em Seul. A reabertura da fronteira ocorre quatro dias após Pyongyang fechá-la, isolando centenas de sul-coreanos que trabalham em Kaesong, mas moram na Coreia do Sul.


Oficiais da Coreia do Norte deixaram eles voltarem para casa nesta segunda-feira, mas não permitiram a entrada de outras pessoas.

Por causa do fechamento da fronteira, as indústrias da região não tiveram novas entregas de mercadorias por dias. Além disso, não tinham matérias-primas para produzir relógios, sapatos, equipamentos eletrônicos e utensílios de cozinha

A Coreia do Norte não deu explicações sobre o fechamento da fronteira, o que enervou os empresários --que empregam cerca de 38 mil norte-coreanos.

Segundo a porta-voz do ministério, Lee Jong-joo, mais de 540 sul-coreanos são esperados na Coreia do Norte, enquanto 300 pessoas pediram permissão para ir para a Coreia do Sul na tarde desta terça-feira.

As relações entre as duas Coreias pioraram desde que o presidente Lee Myung-bak assumiu há um ano, com uma nova polícia em Pyongyang. Os projetos comuns desenvolvidos durante o mandato anterior foram sendo cancelados um a um.

Prejuízos

A Coreia do Sul exigiu nesta segunda-feira que a Coreia do Norte arque com os prejuízos decorrentes do bloqueio, uma decisão que deve agravar a tensão na península.

Na sexta-feira passada (13), a Coreia do Norte voltou a fechar os pontos de passagem da fronteira terrestre com o Sul, e proibiu a saída de cidadãos sul-coreanos que trabalham no complexo industrial de Kaesong. O regime comunista já havia fechado na segunda-feira passada (9) a fronteira e depois reabriu no dia seguinte, em protesto contra as manobras militares conjuntas dos Exércitos de Estados Unidos e Coreia do Sul.

O parque industrial pertence a empresas sul-coreanas e aproveita a força de trabalho barata de Pyongyang, com salários que são depositados diretamente na conta do regime comunista. "É muito lamentável que a Coreia do Norte tenha imposto uma restrição de acesso e um bloqueio. Nosso governo está deixando claro agora essa responsabilidade por todos os incidentes, inclusive a produção perdida e os prejuízos econômicos das nossas empresas", disse Kim Ho-nyeon, porta-voz do Ministério da Unificação, em nota.

A decisão de Pyongyang de restringir o acesso à zona industrial veio após meses de ataques verbais contra Seul e Washington. A tensão intensificou na semana passada quando Seul e EUA iniciaram os exercícios comuns. "O movimento sem nenhum tipo de cuidado do grupo de Lee para ferir conterrâneos pela força das armas criou tal situação perigosa na península da Coreia que qualquer acidente pode causar uma nova guerra", disse a agência oficial de Pyongyang KCNA.

Anteriormente, a Coreia do Norte afirmou que permitiria a passagem de centenas de sul-coreanos que estavam no parque industrial de volta para casa, mas não demonstrou sinal de que acabaria com o bloqueio ao projeto conjunto.

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