Mato Grosso conta desde essa quinta-feira (24.11) com mais um território etnoeducacional. Trata-se do território do Vale do Araguaia que reúne etnias indígenas do nosso Estado, além de Goiás, Tocantins e Pará. A assinatura de pactuação foi realizada, em São Félix do Araguaia, pelo secretário de Estado de Educação, Ságuas Moraes, pela diretora da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidades e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação (MEC), Viviane Faria e demais autoridades.

O território do Vale do Araguaia tem como meta estabelecer um modelo de planejamento e gestão da educação escolar indígena levando em conta as especificidades sociolinguísticas, políticas, históricas e geográficas e suas relações intersocietárias. Conforme Viviane, “os territórios visam efetivar o direito dos povos indígenas a uma educação escolar diferenciada, intercultural e de qualidade”.

Além de Seduc e MEC, diversas instituições e gestões municipais que integram o território participaram da assinatura do Pacto e Plano de Ação. O do Vale do Araguaia compreenderá os povos Karajá, Javaé, Xambioá, Tapirapé, Tapuia, Kanela e Krenak-Maxakali presentes nos quatro estados. Mato Grosso já possui os territórios Cinta Larga, Xavante e Xingu.

Ações

Por intermédio dos territórios, Estado e parceiros estabelecem um instrumento para a construção da escola que os indígenas querem, organizada e com condições de desenvolverem o trabalho coletivamente. É um instrumento que garante aos índios conduzirem a própria história.

Com essa nova política para a educação indígena estabelecida, em 2009, pelo então presidente Lula no decreto 6.861 reivindicações dos povos terão esforço conjunto para atendimento. Entre as demandas estão: construções de escolas, criação de assessoria pedagógica, formação para professores, inclusão de representantes índios dentro dos Centros de Formação e Atualização de Professores (Cefapros), entre outras.

Acompanharam o secretário na assinatura do Pacto, a secretária-adjunta de Políticas Educacionais, Fátima Resende e a superintendente de Diversidades da Seduc, Débora Pedrotti. O coordenador da educação escolar indígena da Secretaria, professor Félix Adugoenau, o presidente do Conselho de Educação Escolar Indígena de Mato Grosso, Filadelfo Umutina e demais técnicos da Seduc estão em São Félix desde a segunda-feira (21.11) participando da sistematização do território e da elaboração do Plano de Ação.