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Domingo, 28 de julho de 2024

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Presidente do Inea sobrevoa área do vazamento de óleo em Angra dos Reis

A presidente do Inea (Instituto Estadual do Ambiente), Marilene Ramos, sobrevoa neste domingo (18), acompanhada de técnicos do instituto, a área onde ocorreu o vazamento de 10 mil l de óleo do navio FSPO Cidade de São Paulo para uma avaliação técnica.


O acidente ambiental ocorreu na sexta-feira (16), próximo à Ilha Grande, em Angra dos Reis, e o plano de emergência, já acionado, está promovendo a dispersão mecânica do óleo.

Multa

Marilene e o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, anunciaram neste sábado (17) que a empresa Modec Serviços de Petróleo do Brasil foi multada em R$ 10 milhões.

De acordo com o órgão ambiental, o acidente foi provocado por falha humana quando o navio se dirigia para fazer uma reforma em um estaleiro no Município de Angra dos Reis. No sábado, fiscais do Inea já tinham sobrevoado a região do derramamento de óleo, constatando o controle da situação.

Segundo nota oficial, assim que o Inea foi notificado do vazamento, foi acionado um plano de emergência para conter a expansão do óleo, com um total de nove embarcações.

A reportagem do R7 procurou a petrolífera Modec, no seu escritório na Barra da Tijuca e em Macaé, no entanto, até a publicação desta reportagem não conseguiu contato com a companhia.

Vazamento Chevron

O MPF (Ministério Público Federal) em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, moveu ação civil pública contra a petroleira norte-americana Chevron, sua filial no Brasil e a empresa contratada Transocean, pedindo indenização de R$ 20 bilhões pelos danos ambientais e sociais causados pelo derramamento de óleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos, no dia 7 de novembro. O MPF quer também que a Justiça Federal conceda liminar suspendendo todas as atividades da Chevron Brasil e da Transocean, sob pena de multa diária de R$ 500 milhões.

Durante as investigações, o MPF apurou que a Chevron e a Transocean não foram capazes de controlar os danos causados pelo vazamento de cerca de 3.000 barris de petróleo, o que evidencia a falta de planejamento e gerenciamento ambiental das empresas.

Para o procurador da República Eduardo Santos de Oliveira, as empresas demoraram para fechar o poço e cimentar as fontes de vazamento, insistindo na alegação de que o acidente era ínfimo. Além disso, a técnica utilizada pela Chevron para conter o derramamento não surtiu efeito, pois o cimento usado seria instável, o que revela o despreparo e descaso da empresa.

A Chevron também admitiu que houve falha de cálculo para a exploração do óleo, alegando que a pressão no reservatório era maior que a estimada e a primeira camada de rocha era menos resistente que o previsto. A petroleira ainda omitiu informações à ANP (Agência Nacional de Petróleo), cometeu falhas no Plano de Contingência e errou ao dimensionar o desastre.

Contratada pela Chevron e responsável pela perfuração, a Transocean empregava no poço a plataforma SEDCO 706, a mesma utilizada à época do vazamento de óleo no Golfo do México, em abril de 2010.

Após o julgamento definitivo da ação, o MPF pede a paralisação em definitivo das atividades da Chevron e da Transocean no Brasil.
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