O professor Marcos Pontes encheu a cidade de Bauru de orgulho ao conquistar o espaço e tornar-se o primeiro astronauta brasileiro. Agora os bauruenses têm mais um motivo para se orgulhar: ele foi nomeado como o único embaixador da Boa Vontade para o Desenvolvimento Industrial, nas Américas.
Ao todo são apenas quatro embaixadores no mundo, da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Desenvolvimento Industrial. O trabalho é grande, pois existem muitos países em grande necessidade de desenvolvimento, para reduzir a fome, aumentar a saúde, a educação, a capacitação profissional, a oferta de empregos e a qualidade de vida.
E tudo é realizado de forma sustentável, isto é, com equilíbrio entre o desenvolvimento econômico, social e o meio ambiente. Para isso são necessários programas e projetos conjuntos de governos, empresas e terceiro setor.
Como embaixador da ONU para o Desenvolvimento Industrial, sua função é incentivar tais atividades, fazendo a interação entre esses setores no próprio país do projeto e com outros países. “Ainda não recebi minha primeira missão, mas vou cumpri-la, agora para outros países, com a mesma dedicação que sempre tive nas minhas missões que recebi do Brasil”, conta Pontes.
Com a nova função, o astronauta bauruense levará o nome da cidade e do Brasil para todo o mundo e se mostra muito grato pelo reconhecimento do seu trabalho. “Eu nunca me esqueço de que sou brasileiro e bauruense. Eu espero que as pessoas de Bauru e do Brasil também não se esqueçam de mim, do que eu sou. O importante não é o que eu sinto sobre minha cidade e meu país, mas o que a minha cidade e o meu país sentem por mim”, conta.
E mesmo estando a maior parte do tempo fora de sua cidade natal, Pontes é sempre lembrado como um cidadão ilustre da cidade. Então ele faz questão de manter o contato com Bauru. “Sempre procuro ir a minha cidade querida, onde tenho meu irmão Luiz Carlos, minha irmã Rosa Maria, muitos parentes e amigos de infância. Quem me conhece sabe muito bem do valor que dou às minhas raízes”, diz.
Quando questionado se suas visitas à cidade ficarão menos frequentes com a nova ocupação, Pontes responde: “Minha relação com o meu país e minha cidade não muda, nunca mudou. Agora, com certeza, eu poderia dizer que a nossa Avenida Nações Unidas vai ter um sentido bem mais ‘amplo’"!
