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Domingo, 28 de julho de 2024

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Agentes de saúde atuam para conter doenças em favela incendiada

Uma semana após a destruição de cerca de 300 barracos na favela do Moinho, região central de São Paulo, e enquanto não se define o futuro das famílias desabrigadas, agentes de saúde atuam no local para tentar evitar surto de doenças como a diarreia. Equipes do controle de zoonose também estão no local para vacinar os animais domésticos, como cães e gatos.


Cerca de 200 famílias estão "acomodadas" embaixo do viaduto Orlando Murgel. O local não possui água tratada nem coleta de esgoto. Algumas famílias cozinham no local alimentos obtidos em doações.

Na terça-feira, os moradores que tiveram suas casas atingidas pelo incêndio participaram de uma assembleia onde foi rejeitada a proposta da prefeitura, de pagamento de um aluguel social em torno de R$ 300 por 30 meses, tempo estimado para a construção de moradias para os desabrigados.

O receio é de que ao fim desse prazo, após eles deixarem o local, as casas não sejam entregues. "O que a gente encontra por aí está em torno de R$ 500. Depois, para ir para os apartamentos, eles exigem uma renda mínima em torno de R$ 1 mil, o que nem todos aqui têm. Nós não precisamos de dinheiro, mas sim de moradia", diz Solange Silva dos Santos, 22 anos, mãe de três filhos.

Ísis Maria da Silva, 51 anos, diz que depois do incêndio está vivendo em um pequeno barraco, onde o marido guarda algumas ferramentas. "A gente está se virando como pode. Por enquanto não vamos poder reconstruir as casas no local do incêndio", diz.

Por conta do risco de desabamento do prédio do antigo Moinho Matarazzo, a área está interditada e guardada por uma equipe da Guarda Civil Metropolitana. De acordo com prefeitura, mesmo depois da demolição, o local não mais poderá ser ocupado por moradias.

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