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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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2011 em duas rodas

Marcado pelo otimismo, 2011 foi um bom ano para o setor de motocicletas e ainda melhor para os motociclistas brasileiros. Com base nos emplacamentos, as vendas de motos devem superar as de 2008 – até então o melhor resultado da história – e chegar bem perto da marca de dois milhões de unidades. Claro que as motos mais populares e de baixa capacidade cúbica ainda dominam o ranking, mas no decorrer do ano os motociclistas que têm nos veículos de duas rodas um hobby ganharam muitas opções em motos maiores.


Fabricantes de modelos premium voltaram com força total ao Brasil, caso da Harley-Davidson, ou decidiram fincar de vez seus pés no País, como aconteceu com a MV Agusta em parceria com a Dafra. Além disso, a BMW ampliou os modelos montados em Manaus e, consequentemente, reduziu os preços. Isso sem citar a ofensiva da Honda, líder de mercado, para conquistar a liderança também em motos de alta cilindrada: lançou novos modelos e criou uma rede de concessionárias especializada em motos acima de 600cc.

Nesta retrospectiva, a Agência INFOMOTO mostra o que cada marca fez ou lançou no mercado brasileiro de motocicletas neste último ano, que fica para trás. Olhe no retrovisor, mas não perca a atenção no que vem pela frente, porque 2012 promete muitas outras novidades. Feliz Ano Novo aos motociclistas!

BMW

A fábrica bávara passou a montar três modelos no Brasil neste ano. Além da trail monocilíndrica G 650GS e a naked de dois cilindros F 800R, a BMW “nacionalizou” a produção da F 800GS na fábrica da Dafra. Com isso, diminuiu os preços e fez o sonho de ter uma moto com o famoso logo da hélice ficar (um pouco) mais perto. Além disso, a BMW trouxe para o Brasil as luxuosas motos da família K 1600 no segundo semestre: GT e GTL têm um motorzão de seis cilindros em linha e muita tecnologia embarcada. Na ocasião, o presidente mundial da marca veio para a inauguração oficial do Museu BMW Motorrad em Curitiba (PR) – uma das cinco maiores coleções particulares de motos BMW do mundo que ganhou a chancela oficial da marca.

No Salão Duas Rodas, mais surpresas da marca alemã: a G 650 GS Sertão, uma versão especial da trail inspirada no sertão brasileiro e que será vendida aqui e em todo o mundo.

Dafra

Colhendo os frutos de suas parcerias internacionais, a brasileira Dafra passou a disputar com a Suzuki o terceiro lugar no mercado brasileiro de motocicletas: em novembro tinha 2,33% de market share entre as unidades vendidas contra 2,16% da marca japonesa. Em 2010, com a indiana TVS, lançou a Apache 150, que está entre os dez modelos street mais vendidos no Brasil; já com a taiwanesa SYM trouxe o scooter Citycom 300, que já pode ser visto em muitas cidades do País. No Salão Duas Rodas 2011, a Dafra ainda anunciou novos modelos e parcerias: com a coreana Daelim vai trazer a Roadwin 250, uma esportiva carenada de 250cc, e com a SYM uma naked também de 250cc, ambas para o próximo ano, além da Riva 150 da chinesa HaoJue, que desembarca aqui já em janeiro. As japonesas que se cuidem.

Ducati

A Ducati, representada no Brasil pelo Grupo Izzo, abriu sua flagship store em São Paulo e trouxe para o país os principais lançamentos mundiais. Já estão por aqui a muscle custom Diavel e a Multistrada 1200. No Salão Duas Rodas em outubro, a Streetfighter 848 fez sua primeira aparição mundial na feira brasileira, destacando a importância de nosso mercado. Entretanto, apesar das declarações do CEO Gabriele Del Torchio, presente à inauguração da loja, a fábrica da Ducati em Manaus (AM) ainda não saiu do papel.

Harley-Davidson

Depois de passar 2010 nos tribunais, em fevereiro, a fábrica norte-americana assumiu oficialmente as operações no Brasil. Anunciou a ampliação da fábrica em Manaus (AM), nomeou novos concessionários (atualmente já são 11 em todo o país) e revelou seu line-up para o nosso mercado: 13 modelos montados no Brasil e com preços mais acessíveis.

Em novembro promoveu ainda a primeira edição do Harley Days no Rio de Janeiro, um evento mundial para promover seus ícones sobre rodas. No Salão Duas Rodas montou um grande estande e expôs novos lançamentos como a Switchback e a exclusiva CVO Ultra Electra Glide.

Honda

Mesmo com uma liderança confortável no segmento – quase 80% - a Honda não se acomodou. Começou 2011 com três lançamentos: uma renovada Shadow 750; a campeã de vendas CG 150 com um face-lift e também a Biz 125 Flex, com sistema bicombustível e visual renovado. Mas a marca da asa não parou por aí. Já em março anunciou outros dois lançamentos de alta cilindrada: a big trail Transalp 700 e a moderna VFR 1200F, equipada com um exclusivo sistema de dupla embreagem controlada eletronicamente.

No segundo semestre, a Honda continuou sua investida no segmento de motos grandes. Renovou a conhecida CB 600F Hornet, fazendo que o modelo vendido no Brasil seja o mesmo comercializado na Europa. Em setembro, mais novidades para os motociclistas: trouxe a esportiva CBR 600F e a radical naked CB 1000R, ambas nacionalizadas e com preços competitivos. De quebra anunciou a rede de concessionárias “Honda Dream” especializada em motos de alta cilindrada. Segundo os executivos da marca, a Honda quer a liderança também no segmento de motos acima de 600cc.

Kasinski

A Kasinski, que pertence à empresa sino-brasileira CR/Zongshen, começou o ano ampliando seu line-up: mostrou o scooter Prima 150, equipado com o motor Piaggio/Zongshen fabricado pela empresa chinesa também para a marca italiana. Na sequência, lançou o Soft 50 para disputar o mercado de ciclomotores, popular no nordeste. Em outubro, no Salão Duas Rodas, fez barulho com a naked GT 650.

Apesar de compartilhar o mesmo motor Hyosung V2 com a esportiva GT 650R e praticamente a mesma ciclística, a naked chama atenção pelo preço: R$ 19.990.

Kawasaki

A Kawasaki continua investindo no segmento premium. Renovou seu line-up, trazendo a nova e potente Ninja ZX-10R, com mais de 200 cv de potência, além da Tourer, uma versão mais estradeira da trail Versys. Mantém-se na briga em alguns segmentos, como o de nakeds, onde a bicilíndrica ER-6n é o terceiro modelo mais vendido da categoria. As novidades apresentadas no Salão Duas Rodas devem ficar para o próximo ano: a Ninja 1000R, uma versão carenada da Z1000, e a grã-turismo Concours chegam às lojas em 2012.

KTM

A KTM começou o ano abrindo uma grande e pomposa loja conceito em São Paulo, reforçando a parceria com o Grupo Izzo. Lançou, no exterior, modelos com a SMT 990 ABS, com freios antitravamento de última geração, e a linha 350 de enduro. Mas a pequena Duke 200 no Brasil e a fábrica em Manaus (AM) ficaram para 2012, contrariando as declarações de Harald Plöckinger, Chief Operating Officer (COO) da KTM e um dos responsáveis pela implantação da linha de montagem em Manaus (AM), que havia confirmado a fábrica para este ano.

“Devemos começar a construção em abril e a previsão é de que no terceiro trimestre, a linha de montagem já esteja operando”, disse o COO em janeiro deste ano à INFOMOTO. No Salão Duas Rodas, a KTM e o Grupo Izzo voltaram a confirmar a instalação da fábrica para 2012 e ainda anunciaram a 990 Adventure como o primeiro modelo da marca austríaca “Feito no Brasil” pelo processo CKD.

MV Agusta

A italiana MV Agusta entrou para o portfólio de parcerias da brasileira Dafra, em meados deste ano. Além de nomear concessionárias e revender as motos da empresa de Varese, a Dafra passou a montar três modelos pelo processo CKD na sua fábrica de Manaus. As concessionárias abriram as portas neste mês de dezembro para revender a esportiva F4 1000, e as nakeds Brutale 1090R e 1090RR, com preços menores do que anteriormente, mas ainda assim exclusivos (entre R$ 56.000 e R$ 68.000). Para o próximo ano, as exclusivas F4 1000 Cosrsacurta e a 675 Serie Oro, importadas, também devem ser vendidas.

Suzuki

Em 2011, a Suzuki não atualizou seus modelos de alta cilindrada. A GSX-R 750 à venda no País, por exemplo, ainda não é a mesma lançada em 2010 no exterior. A J.Toledo/Suzuki preferiu renovar sua linha de baixa cilindrada. O scooter Burgman ganhou injeção eletrônica e o sufixo “i”, além de um visual novo. A marca lançou ainda a “nova” GSR 150i que nada mais é do que a antiga Yes EN 125 equipada com injeção eletrônica de combustível e câmbio de seis marchas. Ah, claro, a GSR 150i tem motor de 150 cm³ e a Yes, de 125cm³. Discreta, a marca perdeu o terceiro lugar no mercado para a Dafra, mas promete novidades em 2012.


Yamaha

A Yamaha começou o ano lançando a Super Ténéré XT 1200Z – inexplicavelmente, a marca trouxe a versão de 1200cc antes do que o modelo de 660, diferente da estratégia de lançamento em todo o mundo. Equipada com motor de dois cilindros paralelos e bastante tecnologia – freios ABS e controle de tração – a big-trail de 1200cc chegou com preço competitivo para o segmento e o sobrenome famoso para ganhar mercado. Apesar de suas especificações, não conseguiu bater a BMW R 1200 GS – até novembro tinham sido vendidas 219 unidades da moto japonesa e 825, da moto alemã. Em outubro, no Salão Duas Rodas, finalmente chegou a XT 660Z Ténéré. Equipada com o motor de um cilindro e 660cc da XT 660R, a Ténéré traz maior autonomia e conforto para quem quer viajar.
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