O Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou estudo em que aponta que a cada R$ 10 aplicados em convênios que deveriam destinar o dinheiro a aterros, quase R$ 6 vão para intervenções que não dão solução ao lixo. Além disso, 65% dos projetos bancados pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa) em pequenas cidades não geram resultado. O estudo analisou amostras de 231 convênios em municípios de até 50 mil habitantes, com dados colhidos entre 2000 e 2007. Em 152 dos casos, mesmo com a verba destinada, o lixo continuou a ter fins inadequados em lixões ou aterros fora dos padrões ambientais. As informações são do jornal O Globo.

Foram R$ 24 milhões (57% do total repassado para convênios) gastos em áreas que não solucionaram problemas em aterros. O TCU estima que até o fim de 2012 R$ 92 milhões tenham sido mal gastos. Entre as 50 parcerias para construção de aterros sanitários, 29 não foram concluídas. Segundo o TCU, os dois principais motivos são o desvio do dinheiro e o abandono das obras por dificuldade financeira ou técnica dos municípios. Estudos do Ministério do Meio Ambiente apontam que uma das soluções seriam a criação de consórcios entre pequenas cidade para operação conjunta. A Funasa sabia da destinação do dinheiro, informou o TCU. Segundo informações do jornal O Globo, que algumas cidades, como Olinda, que possuem mais de 50 habitantes receberam recursos da Funasa.