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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Falta de guias especializados em MT leva agências a dispensar clientes

Foto: Reprodução/Ilustração

Falta de guias especializados em MT leva agências a dispensar clientes
Enquanto Mato Grosso se preocupa em divulgar a construção de grandes obras de infraestrutura para receber os jogos da Copa do Mundo de 2014 e a multidão de turistas que visitarão nesse período, um outro setor de serviços intrinsecamente ligado a tudo isso padece com a falta de mão de obra especializada e investimentos. O de guias turísticos.


Este alerta foi feito hoje (5) ao Olhar Direto pelos empresários Marcelo Almeida e Roseli Gadenz, que trabalham com turismo receptivo, ou seja, vendem em sua agência de viagens pacotes e passeios para os principais pontos turísticos de Mato Grosso, e que já tiveram que dispensar clientes pela falta de profissionais qualificados que conheçam a realidade do Estado e, principalmente, que falem outro idioma como o inglês ou espanhol.

De julho de 2011 ao início de janeiro deste ano, o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães recebeu 10.200 visitantes. Desse total, a maioria é de estrangeiros vindos da Alemanha, França, Espanha e Estados Unidos. A média de visitantes nesses seis meses foi de 70 turistas diários. O grande problema de quem trabalha no setor é que, para atender essa demanda, o município conta com apenas 16 guias que falam outro idioma, dos quais somente 10 falam inglês.

Desde o desabamento em uma das trilhas do Véu de Noivas, que causou a morte de uma turista, um dos mais requisitados pontos turísticos de Chapada, visitar a entrada no Parque passou a ser permitida somente com o acompanhamento de guias turísticos.

No caso dos guias que fazem a rota do Pantanal, dos que estão cadastrados nos sites de turismo, apenas 21 falam outras línguas além do português, sendo que desses, 10 falam inglês.

“Se Cuiabá não dá conta de mostrar o que temos aqui por perto, que é Chapada dos Guimarães e o Pantanal nem para aatual demanda de turistas, como mostrar os outros biomas amplamente divulgados para o resto do mundo como a Amazônia e o Araguaia, no período da Copa de 2014? Vai ser frustrante e vai pegar muito mal para Mato Grosso. Queremos chamar a atenção pela falta de investimentos neste setor, bem como na qualificação de profissionais”, declarou Roseli.

Um programa de treinamento de mão de obra lançado recentemente pelo governo do Estado, denominado Qualicopa, não oferece cursos profissionalizantes nesta área. Atualmente somente o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT), antiga Escola Técnica Federal, possui curso técnico de Turismo que forma guias turísticos em Mato Grosso.
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