O governo israelense convocou 80 mil soldados para fazer a segurança do papa Bento 16 durante a viagem à Terra Santa que começa nesta sexta-feira (8) e vai até o dia 15. A equipe de apoio ao papa contará ainda com 60 mil policiais, soldados e agentes do serviço secreto. Segundo o comissionário da polícia israelense, Dudi Cohen, a visita está sendo considerada "um evento histórico com uma segurança muito complexa".

O papa Bento 16 é o segundo pontífice a visitar a região. O antecessor, João Paulo 2º, esteve no Oriente Médio no ano de 2000 e em 1964, o então papa Paulo 6º, também visitou a Terra Santa, mas em uma viagem não-oficial. Na visita, Bento 16 percorrerá locais sagrados e se encontrará com lideranças israelenses e palestinas. A viagem inclui ainda missas a céu aberto em Jerusalém, Belém e Nazaré.

De acordo com Cohen, somente em Jerusalém, onde o papa rezará uma missa a céu aberto, mais de 300 seguranças serão enviados. Segundo as autoridades, o cerco formado para a segurança do papa tem o objetivo de coibir a ação de terroristas. De acordo com Cohen, as equipes envolvidas na operação tem sido treinadas há meses e contarão com apoio tecnológico.

As ruas por onde o papa irá passar serão fechadas e a população não poderá estacionar os carros nas vias públicas. Por razões de segurança, a exemplo de viagens a outros países, o pontífice usará o "papa-móvel" para pequenas viagens em nazaré e no deslocamento para a realização de missas.

Cerca de 160 mil cristão vivem atualmente no Oriente Médio. Deste total, 110 mil vivem em Israel, 50 mil na Cisjordânia e 3.800 em Gaza. Segundo a polícia, mais de 10 mil cristãos da Cisjordânia terão permissão de viagem para acompanhar os eventos do papa. As autoridades estudam a liberação dos cristãos moradores de Gaza, por receio de ataques de militantes do movimento radical palestino do Hamas.