Os policiais militares (PMs) do Espírito Santo aceitaram a proposta apresentada pelo governo do estado, mas deram prazo até 28 de março para que os índices de reajuste na tabela de subsídios e soldos sejam anunciados. Na data está prevista nova assembleia, para decidir a posição da categoria.

Entre as propostas apresentadas pelo comandante-geral da PM, coronel Ronalt Willian, às entidades de classe estão a revisão do quadro organizacional da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, prevista para ser apresentada no dia 6 de abril; a promoção do soldado a cabo com 15 anos de serviço; e a extensão da função gratificada aos praças.

Foi proposta também uma análise da projeção de estrutura das carreiras, com previsão de conclusão em junho deste ano. Essa análise apontará o percentual de reajuste das tabelas de subsídio e do soldo. As entidades pedem aumento de 46%, a ser dividido em três anos.

Cinco associações representativas dos policiais manifestaram, em nota, discordância quanto ao prazo apresentado. “Pedimos ao comandante-geral que a análise seja antecipada para março, para que na assembleia do dia 28 já tenhamos a posição do governo”, disse hoje (16) à Agência Brasil o presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos da Polícia e Bombeiro Militar do Espírito Santo (Asses), Paulo Araujo de Oliveira.

Apesar da discordância quanto à data de apresentação do reajuste, Oliveira garantiu que, com as conversas recentes com o comando da PM e com representantes do governo, "criou-se uma situação de confiança” entre as partes. “O comandante disse que levará, provavelmente amanhã (17), a proposta de antecipação do prazo e, em seguida, repassará a resposta às entidades”, acrescentou.

Além da Asses, quatros associações de policiais militares participaram das negociações: a de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiros do Espírito Santo (ACS/PMBM/ES); a de Policiais Militares (Aspomires); a dos Bombeiros Militares do Espírito Santo; e a dos Oficiais (Assomes).