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Segunda-feira, 29 de julho de 2024

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Concedido habeas corpus a dois bombeiros presos, diz TJ-RJ

O desembargador Adolpho Andrade, do plantão judiciário, concedeu habeas corpus para dois bombeiros que participaram do movimento grevista e estavam presos no Grupamento Especial Prisional (GEP) da corporação, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio de Janeiro. As informações foram confirmadas, na madrugada deste domingo (19), pela assessoria do plantão judiciário do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).


Na quinta-feira (16), a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) informou que os 21 policiais militares e bombeiros presos, após movimento grevista, que estavam na Penitenciária Laércio da Costa Pelegrino (Bangu 1), na Zona Oeste do Rio de Janeiro, tinham sido transferidos para unidades militares na noite de quarta-feira (15), sob escolta.

Eles foram presos preventivamente por liderarem a paralisação das categorias, aprovada em assembleia na Cinelândia, no Centro da cidade, na noite de quinta-feira (9), por duas mil pessoas. Juntas, as categorias somam 70 mil pessoas.

A paralisação foi suspensa na noite de segunda-feira (13), em assembleia na Lapa, também no Centro, com cerca de 100 pessoas.

A transferência foi autorizada pela juíza Ana Paula Monte Figueiredo, da Auditoria Militar, mas a Seap não informou para quais unidades os presos foram levados.

Oficiais da reserva podem ser expulsos
Três policiais militares que participaram do movimento grevista no Rio de Janeiro podem ser expulsos da Polícia Militar, se forem condenados. As informações são da Secretaria de Estado de Segurança. Segundo a secretaria, na quarta-feira (15), o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, assinou o processo de instauração do Conselho de Justificação para verificar a responsabilidade da participação dos PMs na paralisação.

Ainda segundo nota da secretaria, os três policiais - um cabo e dois coronéis - estão presos e "são acusados de conclamar e incitar a paralisação de PMs, policiais civis e bombeiros." A conduta dos outros policiais presos está sendo analisada pela Corregedoria da PM.

Prioridade é soltar presos
Segundo os líderes do movimento grevista, a prioridade agora é a soltura dos policiais e bombeiros presos. "A luta neste momento não é mais por dignidade salarial. A luta é simplesmente pela dignidade humana", afirmou Ana Paula Matias, porta-voz dos militares e mulher de um bombeiro preso em Bangu 1, ao ler uma nota após o encontro na noite de segunda-feira (13).

Logo depois, Fernando Bandeira, presidente do Sinpol, da Polícia Civil, disse ter considerado o movimento vitorioso, por reunir as três forças da segurança pública no estado, e reforçou o apelo pela liberdade dos militares. "Em respeito à população do Rio de Janeiro, ao turismo e ao carnaval carioca, conhecido mundialmente, e aos nossos heróis presos, revolvemos voltar ao trabalho nesta terça (14)", afirmou Bandeira.

No sábado (11), o inspetor da Polícia Civil e diretor do Sindpol, Francisco Chao, já havia informado que a corporação suspendeu a participação no movimento grevista.

Na manhã de segunda-feira (13), um grupo de deputados e mulheres de policiais e bombeiros grevistas presos fez uma reunião com representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A OAB resolveu pedir esclarecimentos à Secretaria de Segurança sobre as prisões.
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