O promotor Thales Cezar de Oliveira, um dos participantes do plano de atuação integrada de eventos futebolísticos, que trata sobre a atuação das torcidas organizadas em jogos de futebol, considera que o vandalismo provocado por possíveis integrantes da Gaviões da Fiel, no Sambódromo do Anhembi na terça-feira (21), foi um caso isolado.

Na ocasião, membros de escolas de samba provocaram tumulto durante apuração dos votos dos desfiles do carnaval 2012. Durante a confusão, integrantes tomaram os envelopes dos leitores das notas e rasgaram os documentos. Eles também depredaram o local onde eram lidas as notas, no Sambódromo do Anhembi, na Zona Norte de São Paulo. Dois foram presos.

Torcedores da Gaviões da Fiel foram acusados de, na saída do Sambódromo, incendiar um carro alegórico da Pérola Negra. Além disso, durante a saída desses torcedores, alguns membros provocaram confusão e vandalismo na Marginal Tietê, durante o caminho até o barracão da escola, do outro lado da via.

Segundo o promotor, o tumulto não foi causado pela torcida. Havia uma insatisfação generalizada por parte de várias torcidas, explica. "A Gaviões ficou em evidência pois compareceu em massa.", explicou. "Os atos foram um absurdo e têm que ser apurados e os envolvidos punidos", completou. Para o promotor, mesmo que a torcida da Gaviões não estive no local, o tumulto dentro do espaço reservado para a diretoria das escolas teria ocorrido.

"O carnaval é um espetáculo que é visto durante os desfiles na sexta e no sábado e mesmo com a presença de três agremiações não tivemos nenhum incidente, nem na avenida nem na chegada das escolas", concluiu.

Segundo o promotor, "as pessoas estão esquecendo de comentar sobre a responsabilidade da Liga das Escolas de Samba, que autorizou os clubes de futebol a formarem os blocos de carnaval, que se transformaram em escolas de samba".