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Segunda-feira, 29 de julho de 2024

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Presidente da X-9 Paulistana nega acordo para melar o carnaval

O presidente da escola de samba X-9 Paulistana, José Manoel Gaspar, afirmou na manhã desta terça-feira (28) que não houve nenhum acordo para melar a apuração do carnaval deste ano e que cada escola luta por seus direitos. Gaspar será o primeiro representante das agremiações do Grupo Especial a ser ouvido nesta terça na Delegacia Especializada em Atendimento ao Turista (Deatur) sobre a confusão - integrantes de escolas invadiram uma área reservada na apuração, notas foram rasgadas e houve depredação.


As declarações do presidente seguem a mesma linha dos representantes de seis outras escolas de samba ouvidos desde a quina-feira (23). “Isso não existe, cada um vai lutar pelos seus direitos”, afirmou Gaspar, que é também vice-presidente da Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo. Segundo ele, foi aceito pela maioria que valeriam os votos dos jurados trocados. A declaração contraria o depoimento do homem que invadiu o local de apuração e rasgou os votos, Tiago Ciro Tadeu Faria, que afirmou que havia um acordo para ninguém fosse rebaixado em razão da troca de jurados de última hora.

Gaspar afirmou ainda que estava afastado do local da apuração no momento da confusão. O mesmo não ocorreu com outros dirigentes flagrados invadindo o local e até jogando papéis para o alto. Foi o caso do diretor de carnaval da escola Camisa Verde e Branco, Alexandre Salomão, o único dirigente indiciado pela polícia até o momento. Salomão, no entanto, disse que chutava envelopes vazios.

Para esta terça-feira (28) estão previstos também os depoimentos de dirigentes da Império de Casa Verde, Acadêmicos do Tucuruvi, Mancha Verde e Dragões da Real.

Outros depoimentos
Nesta segunda-feira (27), deram depoimento o presidente da Vai-Vai, Darly Silva; a presidente da Rosas de Ouro, Angelina Basílio; o intérprete da escola, Caio de Souza Santos; e o presidente da Liga de Escolas de Samba, Paulo Sérgio Ferreira. Todos negaram a existência de qualquer combinação entre as escolas para atrapalhar o carnaval deste ano.

Após ouvir diretores da Liga e de várias escolas que estiveram envolvidos no tumulto durante a apuração no Sambódromo do Anhembi, o delegado Luís Fernando Saab afirmou que não está descartada a hipótese de que o conflito tenha sido combinado. “A tese não está enfraquecida. Se for comprovado que a ação foi orquestrada, vamos encontrar os responsáveis.”

Uma das hipóteses da polícia é que o homem que invadiu a área de apuração para rasgar os votos, Tiago Ciro Tadeu Faria, tenha sido pago para realizar a ação. “Tem que investigar de onde saiu a autorização [para o Tiago pular], quem o ajudou”, afirmou Saab. Em depoimento, Tiago chegou a declarar que as escolas tinham um acordo para ninguém caísse de divisão neste ano, já que houve uma troca de jurados de última hora.
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