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Domingo, 21 de julho de 2024

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Secretário diz que nota do Ministério da Saúde para o RJ está desatualizada

Após divulgação do Ministério da Saúde, na quinta-feira (1º), sobre a avaliação de desempenho do Sistema Único de Saúde (SUS) nas capitais e estados brasileiros, o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, justificou a nota atribuída ao estado do Rio, que foi a terceira pior do país. Segundo ele, a nota de 4,58 está desatualizada, pois corresponde a uma pesquisa que avalia resultados de até dois anos atrás.


"Se nós levarmos em conta exclusivamente essa pesquisa, vamos ter uma dificuldade de planejar o que iremos fazer, porque essa pesquisa ela para em 2010. Você imagina eu, como gestor estadual, se for olhar a cidade do Rio e for somente em cima da pesquisa, eu vou errar na hora de planejar. Porque a nota que a cidade do Rio levou é uma nota que não é real. É a mesma coisa que você acompanhar a nota do seu filho na escola com nota de dois anos atrás”, afirmou Côrtes.

De acordo com o secretário, a nota do estado é um somatório da nota dos municípios. "Porque a grande avaliação foi feita a acesso que os municípios tem à Saúde. Agora, o estado está com um problema e o Governo Federal está com um problema, porque a media nacional, de 5,4, demonstra um sistema de saúde SUS, no Brasil todo, uma má avaliação. E estado com má avaliação, e a capital com má avaliação", enfatizou.

Entre os municípios menores, as três piores colocações estão no estado do Rio de Janeiro: São Gonçalo (4,18), Niterói (4,24), e Nova Iguaçu (4,41). Sobre uma possível falha do governo estadual, o que teria contribuído com essas notas, o secretário justifica que há uma dificuldade muito grande na questão da atenção básica.

"O Rio de Janeiro fez uma verdadeira revolução na atenção básica, com a capital saindo do patamar irrisório de 3% e chegando em 30%, que na realidade não é 30%. Se metade da população do Rio tem plano de saúde, nós podemos dizer hoje que o Rio de Janeiro tem 60% de cobertura de atenção básica para aqueles que necessitam. No caso de São Gonçalo, Nova Iguaçu e toda a Baixada Fluminense, nós vemos graves problemas, como também em Niterói, na questão da atenção básica. Ou seja, um baixo investimento e uma dificuldade muito grande de fixar médicos nesses locais. Então, nós estamos discutindo com essas prefeituras, o governo do estado já faz um cofinanciamento. São um dos poucos estados a colocar o dinheiro em atenção básica para que esses municípios se fortaleçam para melhorar a atenção”, afirmou.

Na região Noroeste do estado, Côrtes ressalta que também há um grande problema. “A região está vivendo um problema sério. Se contássemos somente com a pesquisa, nós não teríamos identificado. Nos últimos seis meses, nós estamos com três municípios da região Noroeste com hospitais filantrópicos que se fecharam. Por quê? Pelo baixo financiamento do SUS nos procedimentos. Então, nós estamos juntos com essas prefeituras para que nós possamos ajudar a esses hospitais nessas localidades para que eles possam se restabelecer. E tem um dado que eu acho extremamente importante, que é da média e da alta complexidade, que é a oferta de serviços especializados. Nós temos essa base aqui no Rio de Janeiro toda feita dentro de hospitais federais."

Para prestar um melhor serviço a todas as cidades do Rio de Janeiro, o que é obrigação do estado, um projeto teria sido criado especificamente para essa finalidade.

“Nós últimos três anos, o governo do estado criou um projeto de apoio ao interior. O que é isso? É um contrato de metas. Ou seja, nós estabelecemos metas para que esses municípios melhorem seus indicadores. Se eles atingem esses indicadores, eles recebem o recurso integral. Se eles superam, eles até dobram os recursos que eles recebem. Nós temos situações como a cidade de Rio Bonito, temos situações como Barra Mansa, Volta Redonda, que eles estão fazendo verdadeiras revoluções na área da saúde com esses recursos que estão recebendo do estado", justificou o secretário.

Eduardo Paes também questionou avaliação
Na comemoração do aniversário de 447 anos do Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes rebateu a pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde, na qual a capital do Rio aparece em último lugar em relação aos serviços oferecidos pelo SUS. Paes criticou o ministro Alexandre Padilha e disse que os dados divulgados são “mentirosos”.

“Até onde sei do Governo Federal, o ministro supostamente é meu aliado. Mas eu não estou preocupado com política, eu estou é preocupado com o trabalho feito com competência, e parece que o ministério, o ministro, especificamente, foi de uma irresponsabilidade assustadora. São dados mentirosos, o que o Ministério da Saúde soltou hoje é uma grande mentira, porque não leva em conta a realidade“, falou Paes
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