O presidente da Acrimat Mario Candia, relatou que após uma reunião com o presidente do Instituto Matogrossense de Defesa da Agropecuaria (Indea), Décio Coutinho, a delegada do Ministério da Agricultura, Alzira Catunda e superintendente federal do Mapa em Mato Grosso, Francisco Costa, ficou definida a necessidade de aumentar o atual número de equipes de auditores para Mato Grosso. “Hoje 405 propriedades aguardam a auditoria oficial para fazerem parte das propriedades aptas à exportar para os mercado que exigem o Eras/Sisbov e são apenas três equipes para realizar esse trabalho. Como cada equipe audita três fazendas por semana, serão necessárias 45 semanas para auditarem todas elas, isso se não entrar mais nenhuma”, explicou Candia. A sugestão é de ampliar para 18 equipes, com a participação da Acrimat e Indea, na contratação de veterinários. “Não podemos esperar mais, isso não pode continuar acontecendo. O Eras/Sisbov é uma ferramenta importante na gestão da fazenda, além de agregar valor ao produto, pois o valor pago para o gado com certificação é até 12% superior ao que não tem”, ressalta o presidente da Acrimat.
Hoje Mato Grosso conta com 214 propriedades inspecionadas, dessas, 62 apresentam algum tipo de não conformidade, restando 162 aptas à exportar para União Européia. “Esse índice de não conformidade é muito grande e a Acrimat vai sugerir ao Ministério que seja divulgado um ranking com as certificadoras aptas a orientar o pecuaristas sobre as ações necessárias para participarem da auditoria. O pecuarista precisa de informações corretas para fazer um trabalho em conformidade com as normas exigidas”, disse o presidente da Acrimat, Mário Candia, que viajou ontem (12) para Brasília , para conversar com o Secretário de Defesa Agropecuária Nacional, Inácio Kroetz.
A Acrimat vai ainda solicitar ao MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que alguns pontos sejam revistos para que o Sisbov funcione em Mato Grosso. O Serviço de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos, tem como objetivo o controle e rastreabilidade do processo produtivo no âmbito das propriedades rurais de bovinos e bubalinos, tendo sua adesão voluntária para os produtores rurais, mas se torna obrigatória no caso de comercialização de carne bovina e bubalina para mercados que exijam a rastreabilidade, como o mercado Europeu.
