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Segunda-feira, 29 de julho de 2024

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Gol vai demitir 131 copilotos e comissários, diz sindicato

A Gol anunciou em reunião nesta segunda-feira (2) com representantes do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), que demitir 131 tripulantes (86 copilotos e 45 comissários de bordo), segundo o próprio SNA.


"A VRG/Gol comunicou à entidade que, levando em consideração os acordos de licença não remunerada e o número de funcionários que manifestaram interesse em deixar a empresa (item "a" da cláusula 9 da Convenção Coletiva de Trabalho), avaliou como necessário o desligamento de 86 pilotos (copilotos) e 45 comissários, todos em fase de admissão ou treinamento (item "b" da cláusula 9 da CCT)", informou o sindicato, em comunicado.

Procurada pelo G1, a empresa informou que está fazendo reuniões com funcionários nesta segunda-feira, mas não confirmou as demissões. Segundo a Gol, um comunicado sobre as reuniões deve ser divulgado até o final do dia.

Segundo o sindicato, com estes cortes, a empresa estará dando por encerrado o processo de demissão para redução de força de trabalho. "A direção do SNA tentou junto à empresa evitar as demissões, mas a companhia foi intransigente em afirmar a necessidade dos cortes. A Gol assumiu com o SNA o compromisso de dar preferência, em novas contratações, aos trabalhadores demitidos nesse momento", acrescentou o sindicsto.

Programa de demissão voluntária
A Gol abriu, no dia 23 de março, um programa para que os tripulantes da empresa manifestassem o interesse de se desligar da empresa. Apesar das semelhanças, a Gol destacou que não se tratava de um programa de demissão voluntária formal (PDV). O programa foi encerrado na quinta (29).

Em nota, a companhia aérea disse que, "para garantir a manutenção de um quadro de colaboradores condizente com suas necessidades operacionais em um período de baixa demanda, abriu inscrições (...) para que tripulantes manifestem (...) a eventual intenção de serem desligados da empresa".

No início de março, a empresa havia lançado um programa de licença não remunerada que, segundo a companhia, "atendeu parcialmente às expectativas da empresa". Na ocasião, a Gol disse que estudava "outras ações internas" para garantir a sustentabilidade das operações.

Balanço
Na semana passada, após a publicação de seu balanço financeiro, no qual apresentou prejuízo de cerca de R$ 700 milhões em 2011, o presidente da empresa, Constantino de Oliveira Junior, anunciou que estão sendo eliminados entre 80 e 100 voos diários (essa revisão da malha teve início em março e deve ser concluída agora em abril). O número equivale a 8% dos voos diários totais da Gol e da WebJet.

De acordo com o executivo, os cortes de pilotos e comissários são necessários em razão desse ajuste na malha, que têm como principal objetivo reduzir custos. Na ocasião, ele disse que ainda não podia citar o número de funcionários que seriam demitidos.
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