A Comissão Atlética de Nevada informou, nesta quinta-feira, que o nível de epitestosterona encontrado na amostra de urina usada no exame antidoping do holandês Alistair Overeem era 14 vezes superior ao encontrado em um ser humano comum. O lutador enfrentaria o brasileiro Junior Cigano pelo título dos pesos-pesados do UFC no dia 26 de maio, em Las vegas. Overeem ainda tem o direito de pedir a contraprova. Caso o resultado da segunda análise seja mantido, o lutador será suspenso e não poderá disputar o torneio.

Segundo o site "MMA Fighting", o diretor-executivo da Comissão Atlética de Nevada, Keith Kizer, informou ainda que a Wada (Associação Mundial Antidoping) tolera que o nível da substância esteja até quatro vezes acima do encontrado em um ser humano normal, e que a Comissão permite que um atleta participe de uma competição com até seis vezes mais de epitestosterona. A contraprova, caso seja pedida, mostrará através de testes com isótopos de carbono se a substância tem origem natural ou se ela é sintética, eliminando qualquer dúvida sobre a questão.

Por não ser um atleta filiado à Comissão Atlética de Nevada, já que é holandês, Overeem não pode ser punido por ela. Mas a entidade tem o direito de não lhe conceder a licença para lutar em sua jurisdição, como é o caso da cidade de Las Vegas.

Para níveis de comparação, o nível de epitestosterona encontrado no corpo de Alistair Overeem ainda é um pouco menor do que o encontrado no de Chael Sonnen após a sua derrota para Anderson Silva no UFC. Na ocasião, o exame de Sonnen apontou a existência de 16,9 vezes mais epitestosterona do que em um ser humano normal. O lutador foi suspenso por um ano.

Até o momento, o UFC não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas há rumores de que Frank Mir já esteja sendo contactado para substituir Overeem na disputa do título contra Junior Cigano.