Olhar Direto

Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Notícias | Carros & Motos

lançamento

Primeiras impressões: Mercedes-Benz SLK 250

Foto: Divulgação

Primeiras impressões: Mercedes-Benz SLK 250
Quem for a uma concessionária Mercedes-Benz atrás de algum modelo da linha SLK vai ter que refazer as contas ou repensar as prioridades. Isso porque a montadora alemã – que, embora não seja a mais afetada pelas novas regras de tributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), foi também sensivelmente abalada – teve que rearranjar a oferta do seu roadster de entrada, reduzindo-a a uma só versão: a estreante SLK 250, por R$ 249.900. Na prática, aqueles que pretendiam comprar o SLK 200, que custava R$ 202.900, terão que desembolsar um valor maior do que o previsto; e os que dispunham de R$ 252.900 para gastar no topo de linha SLK 350 serão obrigados a se contentar com um carro menos potente.


A principal diferença do SLK 250 em relação ao outrora modelo de entrada está no motor: trata-se do mesmo 1.8 CGI (turbo), mas com potência e torque elevados de 184 cavalos e 27,5 kgfm para 204 cv e 31 kgfm, respectivamente. Já o SLK 350 é dotado de um 3.5 V6 (aspirado), de 306 cv e 37,7 kgfm de torque. No segundo semestre a empresa começará a vender o SLK 55 AMG, com um brutal 5.5 V8, de 415 cv.

A lista de equipamentos é a mesma do modelo mais caro, e a Mercedes destaca itens como os bancos revestidos de um couro especial, que absorve menos calor (Sun-Reflective Leather); bancos elétricos com memória para três posições, seis airbags (frontais e laterais para o tórax e a cabeça), sistema que detecta sinais de sonolência do motorista (Attention Assist), Neck-Pro (que desloca os apoios de cabeça dos bancos em caso de colisão traseira), Parktronic (que ajuda na baliza), entre outros.

No visual – que nesta terceira geração tem o superesportivo SLS como inspirador –, o SLK 250 é praticamente igual ao SLK 350, exceto pelas rodas 17, que no outro modelo são de 18 polegadas. Faróis de bixenônio e LEDs também estão lá.

Nos 350 km de test-drive, saindo de São Paulo e seguindo até o litoral norte do estado – ora por convidativas estradas sinuosas, ora atravessando pisos não muito bem cuidados –, foi possível concluir que a redução na oferta do SLK não será lá grande problema. Primeiro porque o lançamento entrega níveis de potência e equipamentos que justificam o preço superior em relação ao SLK 200. A diferença de R$ 47 mil é significativa, claro, mas talvez não seja tão grande para quem já chegou ao patamar financeiro de poder estacionar um roadster na garagem, o tipo de carro feito para divertir e atrair olhares (e provavelmente o segundo carro do proprietário).

Segundo porque a diferença de 102 cv em relação ao SLK 350, que no papel sugere algo substancialmente inferior, ganha outras dimensões na prática. O SLK 250 acelera e retoma velocidade quase tão deliciosamente quanto o modelo mais potente. O vigor a cada investida no acelerador, a estabilidade exemplar e o sedutor ronco do motor (especialmente nas trocas de marchas) não vão alegrar muito menos em relação ao modelo mais potente e caro. Segundo dados da Mercedes, o 250 vai do 0 aos 100 km/h em 6,6 segundos, enquanto o 350 faz o mesmo com 1 segundo a menos. No fim das contas, qual a importância de 1 segundo, quando não se está numa pista de corrida?

E o motor 1.8 turbo do SLK 250 ainda leva a evidente vantagem de beber menos. Durante o teste, o computador de bordo registrou 9 km/l de média – valor impensável se fosse o SLK 350 durante o teste.

Criticáveis são apenas o acionamento da capota rígida, que apesar de não exigir qualquer esforço só pode ser acionada com o carro parado; o posicionamento das alavancas de seta e do limpador de parabrisa (que ficam do mesmo lado e estão muito próximas entre si), e o modo como se troca de marchas na alavanca: ao invés de movimentar a alavanca para frente ou para trás, o motorista a desloca para a esquerda ou direita para diminuir e subir marchas. Porém, como são velhas tradições da Mercedes, é provável que os habituais clientes da marca já estejam acostumados.

O lançamento do SLK 250 prova que, indiscutivelmente, o consumidor foi o maior prejudicado com as novas regras impostas pelo governo brasileiro. Os preços subiram e, consequentemente, as opções emagreceram. Por outro lado, mostra também que as importadoras – recalculando aqui e enxugando ali – vão sobrevivendo até que suas possíveis fábricas no Brasil se tornem viáveis.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

Sitevip Internet