O vereador Clovito Hugueney (PTB) defendeu na manhã desta terça-feira (10) tanto o vereador Júlio Pinheiro (PTB), acusado de agredir a esposa na última semana, quanto o colega de parlamento cassado em 2009, Ralf Leite (PRTB).

No entanto, na defesa de Ralf, Clovito acabou escorregando nas termologias politicamente corretas e mostrou não ter muita intimidade com as palavras do universo LGBT. “No caso do Ralf, aquilo [ser pego com um travesti] foi uma coisa de foro íntimo. Não é falta de decoro ser ‘bundeiro’, gay ou ‘veado’”, opinou Clovito.

De acordo com o vereador petebista, Ralf foi cassado por ter sido pego com um travesti menor de idade, mas o que motivou a punição foi a agressão do então vereador contra a namorada. “Ele era julgado pelo caso com o travesti, mas ele foi cassado mesmo porque socou a namorada”, disse Clovito, “e eu fui contra”, relembra.

Para o petebista, o fato de Ralf ter sido pego em flagrante em atos libidinosos com um travesti menor de idade e o caso da suposta agressão de Pinheiro contra a esposa se assemelham por serem problemas pessoais e não políticos ou de interesse público, e que, segundo ele, não são motivos para cassação.

“Essas duas situações são de foro íntimo. Eu fui contra a cassação de Ralf, não tenho nada contra gay, contra travesti. Cada um faz o que quer da sua vida. Tenho muitos eleitores que são travestis e os respeito e eles são bastante fiéis”, diz Clovito.

Leia também:

Absolvido na Justiça, Ralf Leite tenta voltar à Câmara



Atualizada às 18h05