Olhar Direto

Domingo, 04 de agosto de 2024

Notícias | Mundo

Chávez assina acordos na Argentina e volta a pedir fim de embargo a Cuba

Os presidentes da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, e da Venezuela, Hugo Chávez, assinaram nesta sexta-feira uma série de acordos bilaterais em diversas áreas.


Em um ato realizado na Casa Rosada, sede do governo argentino, Chávez destacou a capacidade de Argentina e Venezuela de adotarem "um projeto alternativo ao neoliberal", e disse que os dois países estão "um passo à frente no caos do mundo de hoje".

"Não se sabe aonde vai chegar a crise. Há razões para duvidar que o Fundo Monetário Internacional [FMI] vá oferecer ao mundo a solução dos problemas que eles criaram", disse Chávez, depois de se reunir a portas fechadas com Cristina por mais de uma hora.

Os dois governantes criaram também uma comissão bilateral "de alto nível", com a participação de ministros, que revisará e dará continuidade aos quase cem convênios vigentes entre Argentina e Venezuela.

Dos acordos assinados nesta sexta-feira, há um entre os ministérios de Agricultura para a cooperação técnica em pesquisa vinícola e outro de colaboração entre as pastas em ciência e tecnologia.

Também foi assinado um convênio de cooperação acadêmica em educação superior e um destinado a estabelecer o local de construção de uma usina na Argentina de gás natural liquidificado que será usado em navios da Venezuela.

A reunião de Cristina e Chávez em Buenos Aires é a segunda bilateral desde janeiro, quando, em Caracas, estabeleceram encontros trimestrais para fortalecer a integração, um mecanismo que o venezuelano qualificou de "positivo" e "necessário".

Influência regional

Movido pelos altos preços do petróleo nos últimos anos, antes da queda a partir de setembro de 2008 devido à crise financeira internacional, Chávez liderou uma diplomacia regional baseada em exportação de petróleo a preços subsidiados e, no caso da Argentina, na compra de títulos da dívida.

Para os argentinos a ajuda foi especialmente importante, porque Chávez comprou centenas de milhões de dólares em bônus argentinos quando esses títulos sofriam com a rejeição no mercado internacional devido ao calote de 2001-02.

O apoio aos Kirchner pode ter ido ainda mais longe. Em 2007, uma mala com US$ 800 mil (cerca de R$ 1,9 milhão) foi confiscada na Argentina, em meio à campanha eleitoral em que Cristina foi eleita para suceder o marido Nestor no comando do país.

Evidências mostraram que o dinheiro era uma contribuição do governo da Venezuela para a campanha Cristina, e suspeitos alegaram que o dinheiro vinha de uma empresa de petróleo estatal da Venezuela, mas os dois presidentes negaram envolvimento com o episódio.

Cuba

Durante a visita à Argentina, Chávez, pediu aos Estados Unidos respeite a América Latina voltou a pedir o fim do embargo comercial americano a Cuba.

"Temos boa vontade para alcançar relações de respeito [com os Estados Unidos]. Tudo o que pedimos, não só para a Venezuela, mas para toda a América Latina, é respeito", disse Chávez antes da reunião com a presidente argentina.

O presidente venezuelano reiterou o pedido para que o presidente dos EUA, Barack Obama, levante o embargo sobre Cuba, que dura 47 anos.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
Sitevip Internet