O Consórcio Construtor, formado pelas empresas Galvão Engenharia e Andrade Mendonça, responsável pelas obras de reforma e modernização do Castelão, lançou nota, na tarde desta quarta-feira, admitindo que o estádio pode não ser entregue na data prevista se a paralização dos operários se prolongar por mais tempo.

Até o início deste mês, o Castelão tinha a obra mais adiantada entre todas para a Copa do Mundo de 2014. Até a data da paralisação, em 3 de abril, já eram 62% de conclusão. No entanto, com a atual parada, até mesmo o uso da praça esportiva para o Campeonato Cearense e a Copa do Brasil de 2013, pode ser prejudicado.

A paralisação é puxada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem em Geral (Sintepav), que reivindica o cumprimento do acordo coletivo firmado entre o sindicato, o consórcio responsável e empresas terceirizadas.

- Reivindicamos a pauta nacional, que inclui o salário unificado dos trabalhadores - argumenta Raimundo Nonato, presidente do Sintepav.

As empresas do Consórcio questionam a argumentação do Sindicato e garantem que ofereceram reajustes que variam entre 14% e 21% para quatro faixas salariais. E que esses reajustes estão cima da inflação anual.

As empresas argumentam ainda que, além do ganho real, foi eferecido ainda reajuste do valor da cesta básica que hoje é de R$ 60 para R$ 150.

Os trabalhadores da obra do Castelão voltam a se reunir na manhã desta quinta-feira (12) para deliberar sobre as novas propostas do Consórcio Construtor.

No fim de dezembro de 2011, diante da evolução da reforma, chegou a admitir que estudaria a possibilidade de reinaugurar o Castelão antes da data prevista: dezembro de 2012.