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Domingo, 21 de julho de 2024

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Procurador-geral diz que provas contra Demóstenes são válidas

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, defendeu nesta sexta-feira (13) a validade das gravações telefônicas feitas pela Polícia Federal que mostram diálogos entre o senador Demóstenes Torres (sem partido-DEM) e o bicheiro Carlinhos Cachoeira. O teor das conversas poderá ser usado como prova contra o senador no inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal para investigar a relação entre os dois.


Em evento do Supremo, Gurgel disse que o Ministério Público está "absolutamente tranquilo". "De acordo com a jurisprudência, não há qualquer nulidade, as provas são plenamente válidas", disse.

O advogado de Demóstenes, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse ao G1 que deverá pedir ainda na tarde desta sexta com um pedido de anulação das escutas no Supremo Tribunal Federal. A defesa argumenta que, como o senador possui foro privilegiado, só poderia ter ligações gravadas com autorização prévia do STF. A decisão sobre o caso depende do relator do processo no STF, ministro Ricardo Lewandowski.

Segundo Gurgel, a descoberta da relação entre o parlamentar e Cachoeira foi o que se considera um "achado fortuito". "O senador Demóstenes jamais foi alvo das interceptações telefônicas. As interceptações tinham por alvo Cachoeira e outras pessoas não detentoras de prerrogativa de foro e por isso podiam ser, como foram, autorizadas pela Justiça Federal em Goiás", argumentou.

O procurador destacou que a Polícia Federal sequer analisou as falas de Demóstenes registradas nas conversas com o bicheiro, já que o senador não era alvo das investigações.

Agnelo
Durante evento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o procurador disse não ter encontrado ainda elementos suficientes para iniciar uma investigação sobre as possíveis ligações entre Cachoeira e o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). Segundo ele, isso acontece porque até agora só feita uma análise parcial de toda a documentação encaminhada pela Polícia Federal.

Gurgel aguarda uma resposta do Supremo Tribunal Federal a um pedido de desmembramento do inquérito em três partes: uma, mais avançada, relativa ao senador Demóstenes, outra para pessoas que possuam foro, como deputados; e uma terceira com os demais investigados, que deve ser encaminhada à Justiça Federal.

"Estamos esperando o desmembramento ser feito para que possamos aprofundar esse exame e aí sim verificar se há ou não elementos suficientes em relação ao governador Agnelo", afirmou.
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