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Segunda-feira, 29 de julho de 2024

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Arma de PM suspeito de estupro é achada em carro de policial civil

Policiais da 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) detiveram, na manhã de terça-feira (17), um policial civil que estava com uma arma registrada em nome do PM Frank Cimar Barbosa de Oliveira Souza, suspeito de estuprar uma jovem e fugir da delegacia. Segundo o capitão Marcos dos Santos Machado, a espingarda calibre 12 estava no carro do agente. Ele foi levado para a 35ª DP (Campo Grande), onde foi autuado por porte ilegal de arma e liberado em seguida.


Segundo a Polícia Civil, o cabo Frank Cimar, que trabalha no 17º BPM (Ilha do Governador), será acusado de sequestro, estupro, de ameaçar a vítima e outras testemunhas.

O capitão contou que os policiais da 2ª DPJM investigavam um estacionamento que pertenceria a Frank Cimar, em Campo Grande, na Zona Oeste, quando o policial civil chegou ao local e se juntou a um sobrinho do PM foragido. O agente, que trabalha na 43ª DP (Pedra de Guaratiba), não deu uma explicação convincente para o que fazia no estacionamento e teve o carro revistado, ainda segundo o capitão. Lá, os PMs encontraram a espingarda.

“Quando verificamos que a arma estava registrada no nome do Frank Cimar, demos voz de prisão e levamos o agente para a delegacia. Ele alegou que a arma havia sido colocada em seu carro, sem que ele percebesse, pelo sobrinho do foragido”, disse o capitão Marcos.

PRF emite alerta
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) emitiu um alerta nesta quarta-feira (18) para evitar que o policial militar Frank Cimar tente fugir pelas estradas do Rio de Janeiro. O PM, que teve a prisão preventiva decretada, é considerado foragido após ter sido levado para a delegacia e sair do local pela porta da frente. O delegado que estava à frente do caso foi afastado.

De acordo com a PRF, o alerta vale para todos os postos no estado. Além de fiscalizar carros, motos e veículos de cargas, os agentes também vão vistoriar ônibus de linhas intermunicipais e interestaduais.

Como foi o caso
O namorado da jovem contou que o casal estava andando em direção à casa dela, quando o cabo passou em um carro de passeio, no domingo (15). Ele desceu armado e mostrou a carteira de policial.

“Aí mandou ela entrar no carro e mandou eu ficar de cara para a parede. E se eu olhasse para trás ia dar um tiro na minha cara”, disse o namorado.

Ele pediu ajuda ao irmão da vítima, que acabou localizando o carro de Frank Cimar, que ainda estava no bairro. O cabo foi preso em flagrante por dois PMs que estavam na delegacia.

De acordo com testemunhas, o cabo Frank Cimar não teria sido algemado pelos colegas. Segundo os policiais civis, antes de fugir, o PM teria ficado o tempo inteiro sem algemas, circulando pela delegacia. Pouco tempo depois, ele desapareceu.

Além de sequestro e estupro, o cabo Frank Cimar vai responder também por ameaça. “Quando ele fugiu da delegacia, ele foi na casa dela outra vez, com outro carro, e ameaçou todo mundo lá. Falou que ia matar todo mundo se levasse adiante”, disse o namorado da vítima. Depois de quase 12 horas na delegacia, a jovem saiu de lá acompanhada do pai. Ela fez um exame no hospital, que comprovou o estupro.

Os dois policiais que fizeram a prisão de Frank Cimar também responderão a inquérito porque, segundo a delegada de plantão, Eliane Villar, eles eram os responsáveis pela segurança do acusado. “Os policiais militares em momento algum ficaram na escolta dele”, disse ela. Eles vão responder por favorecimento pessoal e prevaricação, quando o funcionário público deixa de cumprir o dever em benefício próprio ou de outro.

A Polícia Militar informou que está investigando a conduta dos PMs, mas eles continuam em liberdade.
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